Com a diminuição da projeção de crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) até 2018, de 4,4% para 3,5%, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisou hoje, para baixo, o aporte a ser investido na expansão do sistema. "Menos crescimento econômico significa também menos crescimento na demanda por energia", justifica o diretor da Aneel Reive Barros dos Santos.
A primeira Revisão Quadrimestral da Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética 2014-2018 projetava, para 2014, demanda de 65.917 megawatts (MW) médios no país. A segunda revisão, no entanto, estimou para o período, demanda de 64.710 MW médios, que representa 1.207 MW médios a menos do que a projeção anterior.
A estimativa da Aneel reduziu também as projeções de demanda do setor para os próximos quatro anos. Para 2015 a queda projetada será 1.648 MW médios; em 2016, 1.655 MW médios; em 2017, queda de 1.545 MW médios; e em 2018, 1.496 MW médios. “Isso equivale a praticamente uma Usina Hidrelétrica Santo Antônio a cada ano”, disse o diretor da Aneel após participar de uma reunião extraordinária da agência.
Segundo Barros dos Santos, o recuo dessas projeções resulta em queda da necessidade de investimento em expansão. Impactará também na redução de despesas das distribuidoras, em consequência da queda no valor do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) já na próxima semana. O PLD é definido com base no Custo Marginal de Operação (CMO), que é o custo de expansão. Ao final, o custo de expansão deve ser reduzido em R$160 por MWh em agosto.
A decisão da diretoria da Aneel será publicada ainda hoje, em edição especial do Diário Oficial da União, informou Reive Barros dos Santos.
Fonte: Agência Brasil
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