terça-feira, 15 de março de 2011

"SE A PREFEITURA NÃO SUSPENDER OS CONTRATOS, É CONIVENTE", DIZ VENÂNCIO.

Foto:  Maria Odília

A denúncia com relação a empresas que prestam serviço de fiscalização eletrônica no trânsito em alguns municípios do Sul do país, mostrada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no último domigo, continuou a repercutir na Assembleia Legislativa durante a sessão de hoje, dia 15. O líder da bancada de oposição na Casa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), disse que esse é o assunto desses dias, mas não estava colocando em xeque a credibilidade do ex e do atual superintende da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju, Osvaldo Nascimento e Antônio Samarone, respectivamente, nem do próprio prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. “Agora, essas empresas são inidôneas. Pelo que o Fantástico mostrou, elas não têm credibilidade, participaram de corrupções”, disse o parlamentar.

Segundo o deputado, se a Prefeitura de Aracaju não tomar uma medida urgente, enérgica, de suspender esses contratos, a partir desse momento ela é conivente. “Porque a adminstração de Edvaldo Noguira é caça-níquel. É só arrecadar, só multa, só punir. Essa indústria da multa tomou conta de Sergipe”, declarou. Venâncio Fonseca disse que foi construída a ponte que liga o Mosqueiro à Caueira, onde não colocaram pedágio. “Mas colocaram um pardal, que é um pedágio com outro nome, porque o dinheiro vai para os cofres públicos. É outra maneira de arrecadar”, disse, referindo-se aos radares instalados com limite de 40km/h.

O deputado Venâncio Fonseca ressaltou que entre as empresas denunciadas por corrupção na matéria do Fantástico estão as duas que fazem a fiscalização eletrônica em Aracaju, através da SMTT. O parlamentar disse que não pode deixar de falar isso. “Não podemos silenciar. Aracaju virou a capital do pardal. O prefeito pardal, a administração caça níquel, que só quer arrecadar e punir”, disse.

Segundo o deputado, ao invés disso, o município deveria apresentar um projeto para educar os que fazem parte do trânsito e não apenas trabalhar de forma punitiva. “É uma vergonha. A distribuição dos pardais em Aracaju é uma imoralidade. É um assalto”, declarou Venâncio Fonseca.

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