terça-feira, 9 de agosto de 2011

GOVERNO DO ESTADO ASSINA TERMO QUE ISENTA 5,3 MIL ALUNOS DA REDE PÚBLICA DA INSCRIÇÃO NO VESTIBULAR DA UFS.

"Foi maravilhoso saber que teria essa oportunidade", afirma a jovem Mirela Mayara Souza, 18, moradora do município de Laranjeiras, ao descrever o momento em que recebeu a notícia de sua isenção no vestibular 2012 da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Na noite desta segunda, 8, ela esteve entre os jovens dos diversos polos do Pré-Universitário da Secretaria de Estado da Educação (Seed) que foram ao auditório do CIC acompanhar a assinatura do Termo de Cooperação Técnica que irá custear a taxa de inscrição para 5,3 mil estudantes da rede pública.

Na solenidade comandada pelo governador Marcelo Déda, a Seed e a secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides) assinaram o Termo que contempla todos os vestibulandos matriculados no Pré-Seed – o investimento foi de R$ 265 mil. "Este é um trabalho que nós temos feito desde o início do nosso Governo no sentido de viabilizar que os alunos da escola pública possam ter oportunidade de entrar na universidade, em especial na universidade pública", comentou o governador.

"Além do ensino público, além do reforço do Pré-Seed, o Governo do Estado vai pagar a inscrição para que o aluno não tenha nenhum tipo de gasto para poder participar do vestibular", ressaltou Déda, lembrando que a iniciativa foi incrementada por meio de outro convênio assinado pelo Governo na mesma noite, mas desta vez com a UFS, onde a instituição de ensino reduziu o custo das inscrições financiadas pelo Estado de R$ 70 para R$ 50.

Já um terceiro documento assinado permitirá que o Banese patrocine os prêmios que serão entregues aos melhores colocados no vestibular entre os alunos das escolas públicas sergipanas. "É uma política de estímulo para que os estudantes possam mais do que participar do vestibular, possam se esforçar para terem um bom desempenho, porque aqueles que tiverem um bom desempenho serão premiados pelo Banese", comentou Déda.

A eficácia dos convênios pôde ser comprovada pelos números colocados pelo secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas: "Nos últimos quatro anos, a escola pública aprovou 9.578 alunos, sendo 5.992 na UFS e 3.586 em outras instituições", revelou o secretário.

Ensino público valorizado

Diante de um auditório repleto de estudantes, Déda iniciou seu discurso enfatizando as diversas medidas que vêm sendo desenvolvidas pelo Estado com o intuito de valorizar o ensino público. "Nosso grande objetivo é continuar democratizando o acesso à educação superior e à educação superior pública. Nós estamos vivendo um grande momento no Brasil e também no Estado de Sergipe", ressaltou o governador, citando o crescimento da economia e ações como a política de cotas para alunos da rede pública e a expansão da universidade pública em Sergipe e no país.

O governador destacou que, até o início do governo do presidente Lula, a UFS contava apenas com o Campus de São Cristóvão e o Hospital Universitário, também conhecido como Campus da Saúde. "Hoje temos universidade em Itabaiana, em Laranjeiras e em Lagarto. Esse momento que a Educação sergipana e a educação brasileira estão vivendo é um momento que vocês não podem perder. Um momento que vocês precisam agarrar com as duas mãos", discursou Déda, sob o olhar atento de centenas de estudantes.

"Sabemos que precisamos melhorar muito, mas estamos fazendo esforços para que isso seja obtido", acrescentou o governador, referindo-se aos investimentos na reforma de escolas e na construção de unidades técnicas em regiões onde a economia sergipana mais necessita. Nesse sentido, Déda lembrou do município de Carmópolis, conhecido nacionalmente por sua produção de petróleo.

De acordo com o governador, Sergipe extrai o recurso natural há cerca de 50 anos e ainda assim nunca abrigou uma escola para formar técnicos em petróleo. "Carmópolis é o maior campo produtor de petróleo em terra de todo o Brasil e lá tem jovens que precisam de emprego. Carmópolis entregava o petróleo, mas não preparava os seus filhos para se beneficiarem da riqueza e das oportunidades que o petróleo trazia. Agora estamos construindo uma escola técnica de gás e petróleo que vai formar técnicos de nível médio para disputar os concursos da Petrobras", comentou Déda.

Ao lembrar que também é filho da escola pública, já que estudou no colégio Atheneu e formou-se em Direito na UFS, o governador descreveu a educação como um instrumento essencial à ascensão social. "A educação é a grande ferramenta para que vocês possam ser incluídos no novo Brasil que nós estamos construindo juntos. As oportunidades que eu tive, todos vocês agora vão ter: através do ensino público, vão conquistar o curso superior e através da educação, buscarão a ascensão social", concluiu.

Parceiros

Quem também remeteu à sua origem na escola pública foi o presidente do Banese, Saumíneo Nascimento. "Queremos ver cada vez mais alunos da rede pública ingressando na UFS. Esse é o papel de um Banco que está bem, contribuindo com o crescimento da economia sergipana", disse Saumíneo.

Já a primeira-dama do Estado e secretária da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Eliane Aquino, se disse orgulhosa com o resultado do convênio que contempla 5,3 mil estudantes de baixa renda. "Este é um dos programas que mais fazem inclusão. Queremos que 100% desses alunos passem no vestibular e sejam o futuro de Sergipe e do Brasil", destacou.

Para o reitor da UFS, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, os convênios firmados são um importante complemento à política de cotas adotada pela instituição. "Permite remover um obstáculo para o acesso dos estudantes das escolas públicas à nossa Universidade", concluiu.

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