Na semana passada em um evento na capital, o cantor de axé, André Lélis, foi preso pela Polícia do Batalhão Ambiental de Sergipe. Diante disso, o vereador Elber Batalha Filho questionou a atitude da PM que segundo o parlamentar não teve o respaldo da Emsurb, empresa que realiza a aferição do som em ambientes públicos.
Elber disse que procurou saber o posicionamento da prefeitura em relação ao caso e foi informado que a Emsurb só pode fazer a aferição do som se a polícia indicar quem foi o reclamante, determinação de uma lei aprovada pela Câmara de Aracaju. "Segundo a presidente da Emsurb, Lucimara Passos, como a polícia não quis informar quem foi o reclamante, o órgão também não poderia fazer a aferição do equipamento. E, mesmo sem aferir o barulho do som e sem nenhum amparo técnico, os policiais prenderam o cantor".
O vereador lamentou a atitude da polícia, apesar de respeitar a PM. "Precisa haver um melhor atendimento e fortalecimento da Polícia Ambiental em Sergipe. A Lei do Sossego é de utilidade pública e deve ser respeitada, mas é necessário também que as formas de abordagem sejam mais humanas e que se respaldem em critérios técnicos”, avaliou.
De acordo com as informações relatadas pela imprensa, o cantor André Lélis, irmão de Durval Lélis, foi detido por policiais da Rádio Patrulha (RP) durante uma apresentação na casa de show Subúrbia no bairro Coroa do Meio, por volta das 21h30 do último dia 27 domingo.
A assessoria da ABSMSE entrou em contato com o Pelotão Ambiental para ouvir também a Polícia Militar. O soldado Erick lotado no batalhão, informou que na noite do último dia 27, um cidadão ligou para o 190 e fez uma denúncia de que o som da casa de show estava incomodando o cidadão que teve a identidade preservada pela PM. O CIOSP solicitou do Pelotão Ambiental que checasse o fato. Segundo informações do militar, não foi um crime ambiental, pois, não foi usado o decibelímetro para identificar o volume do som, mas estava muito evidente a poluição sonora produzida pela casa de show, considerada pela PM uma perturbação do sossego alheio.
A equipe da Rádio Patrulha foi acionada, os policiais militares solicitaram da produção do cantor que diminuísse o volume do som por que o mesmo estava perturbando um morador que fez a denúncia do fato. A produção de André Lelis informou ao cantor que por sua vez incitou o público presente contra a Polícia Militar que foi vaiada.
O Pelotão Ambiental deixou claro que a incitação que o cantor fez foi o agravante e também o motivo que fez o policial militar dá voz de prisão ao cantor, e não o volume do som como foi noticiado por parte da imprensa. O militar informa ainda que existiu uma contravenção penal que é considerado um crime de menor gravidade.
A Associação Beneficente dos Servidores Militares de Sergipe lamenta a atitude do vereador Elber Batalha pelo seu prejulgamento em relação ao policial militar, uma vez que não esperou o término da averiguação dos fatos para se manifestar. A Caixa Beneficente lamenta profundamente que o parlamentar tenha afirmado que a forma de abordagem do policial militar tenha sido desumana e sem preparo técnico, uma vez que o vereador não presenciou o fato e muito menos aguardou a apuração final do episódio. A Polícia Militar tem a obrigação de atender a solicitação da população, averiguar e resolver o problema que por ventura esteja incomodando a sociedade.
Fonte: Assessoria da Caixa Beneficente (Chris Brota)
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