quinta-feira, 10 de março de 2011

GUALBERTO FAZ DEFESA EXPRESSA DA REFORMA ADMINISTRATIVA DO GOVERNO DÉDA.

Foto:  Maria Odília

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Francisco Gualberto (PT), ocupou a tribuna na manhã de hoje (10) para rebater as críticas feitas anteriormente pelo líder da oposição na Casa, deputado Venâncio Fonseca (PP), ao projeto de reforma administrativa da estrutura administrativa do Estado encaminhado pelo governo à AL. O petista vê “má vontade” da oposição e disse que Venâncio se contradiz ao dizer que deputados vão votar o projeto, na próxima semana, sem ter conhecimento.

Ao iniciar seu discurso, Gualberto disse que “o líder da oposição veio até a nossa tribuna para dizer que ia votar o projeto da reforma administrativa para votar o que não tinha conhecimento. O deputado recebeu o projeto, na semana passada, leu e deu a interpretação que desejou. É muita contradição! E ainda diz que ia votar sem saber? Nossa bancada não só leu como vai discutir e tirar todas as dúvidas hoje à tarde, às 15 horas, em uma reunião no nosso gabinete com a presença de representantes da secretaria de governo”, disse Gualberto ressaltando que apenas o deputado Gilmar Carvalho (PR) lhe reclamou de ter tido acesso ao projeto e que todos estarão inteirados para a votação da próxima semana.

Em seguida, o líder do governo disse que Venâncio fez comparações equivocadas da estrutura administrativa do Estado de Sergipe com o Estado de São Paulo. “Não tem como comparar! Não é verdade que São Paulo tem a mesma estrutura do governo de Sergipe. São dezenas de subsecretarias instaladas. Em São Paulo, na capital, existem várias subprefeituras e uma estrutura maior que todos os Estados do Nordeste. De forma deslocada, o líder da oposição está querendo confundir a opinião pública. Não tem nada de verdade no que o deputado leu aqui! Ele diz, e não é verdade, que o nosso governo está chegando a 26 secretárias; mas no governo dele eram 37 e eu não via o deputado Venâncio dizer que o Estado funcionava inchado”.

Gualberto ironizou a linha da oposição dizendo que “nossa bancada tem que fazer de conta que esse ‘giz’ não funciona corretamente e nós temos que passar o apagador”. O petista ainda colocou que “o que eles não dizem é que estão sendo criadas secretarias especiais como a da Mulher, da Juventude e Direitos Humanos, que não terão dotação orçamentária e que vão sobreviver dos recursos da Casa Civil. Não vai onerar em nada mais! Se no nosso governo existem 3.050 cargos na Casa Civil, no governo de Venâncio eram mais de quatro mil. O deputado é um bom advogado, mas não entende de matemática. É muito inteligente em alguns aspectos, mas em outros não. É uma pena que a oposição continua trabalhando para as coisas não darem certo”.

O petista disse que seu governo teve humildade ao recriar a secretaria de Turismo por entender que a área teve avanços e que ganhou uma abrangência importante com o crescimento na taxa de ocupação dos hotéis. “Estamos apenas retomando aquilo que existia. A primeira parte do projeto traz toda a estrutura organizacional do Estado completa, inclusive com as alterações. O que incomoda a oposição é que nosso governo entendeu a importância de secretarias especiais da Mulher, de combate ao racismo e dos Direitos Humanos. São secretarias que o governo federal, em suas estrutura, têm também. Com essas medidas o nosso Estado habilita-se legalmente para fazer parcerias com o governo federal. Estamos nos capacitando para receber mais recursos e servir melhor o nosso povo”.

Explicação pessoal – Após uma nova argumentação do deputado Venâncio Fonseca, agora na explicação pessoal, Francisco Gualberto disse que “desta vez o deputado (Venâncio) foi leviano comigo ao me acusar de não ter lido o projeto. Na sexta-feira (4), recebi o telefonema do deputado Zezinho Guimarães (PMDB) que queria tirar dúvidas. Isso não existia no governo liderado por Venâncio que só encaminhava os projetos para a aprovação. Eu não apenas li, como também estudei o projeto porque sabia que o deputado viria com críticas equivocadas e propositalmente. O que ele sabe, eu também sei”.

Em seguida, Gualberto disse que “Venâncio sabe tanto o que diz que no Orçamento não há um acréscimo para isso. Ele apenas finge que não sabe! Ele reclamou de um caso de agressão em São Domingos, onde um PM agrediu indevidamente um cidadão. Coloquei-me a disposição, fui solidário e procurei agendar uma audiência com o secretário de Segurança Pública porque se tratava de uma questão que interessava os direitos humanos. No governo dele, Venâncio não tinha autoridade para dizer que um deputado iria falar com um secretário. Isso porque a concepção de governo era diferente”, disse Gualberto, aceitando o desafio da oposição que vai provar que o projeto de reforma administrativa não aumenta, em nenhum centavo, o custeio do Estado.

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