Foto: Maria Odília
Numa atitude muito elogiada pelos deputados, o secretário de Estado da Saúde Antônio Carlos Guimarães participou hoje, 20.4, da sessão especial realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. O auxiliar do governo apresentou as principais ações da pasta, e mostrou um ‘raio-x’ do setor que incluiu também as unidades do interior. Ouviu elogios até da oposição que esteve presente na audiência.
Antônio Carlos disse aos deputados que o Estado realizará concurso público este ano, em junho, para preencher vagas ainda existentes na rede estadual, sobretudo no Hospital Regional de Propriá. Segundo ele, o último concurso realizado foi em 2002, que terá a validade expirada em agosto. “Vamos em busca de recursos humanos e buscar a melhoria do padrão salarial dos servidores (da área)”, explicou.
De acordo com o secretário, a Saúde conquistou avanços importantes, como a criação da lista de medicamentos padronizada que atualmente dá suporte até mesmo aos municípios. “As prefeituras têm acesso ao pregão, o que barateia os valores a agiliza o processo”, comentou. A secretaria, prosseguiu Antônio Carlos, está aparelhando os hospitais regionais. “Em Propriá a unidade conta com um aparelho que evitará que muitos pacientes deixem de vir a Aracaju para realizar exames mais complexos”.
Sobre a relação com os servidores, o secretário admitiu que a relação já foi mais tensa, mas explica que tem dialogado com os sindicatos e ouvido e encaminhado propostas. “Tivemos uma relação tensa com a área de Saúde até aqui na Assembleia. Nas eleições, a área de saúde foi tema central da campanha eleitoral. É fácil desmontar a Saúde quando se faz campanha. A Saúde, que deveria ser tema de debate, foi alvo de disputa eleitoral”, lamentou. Para ele, a área não pode sofrer alterações imediatas, pois exige longo período para voltar a funcionar. “Precisa ter continuidade”, assegurou.
Antônio Carlos disse que a secretaria precisou repactuar a Saúde com os municípios. Tudo que é implantado no sistema é amplamente debatido com as sete regionais de Saúde. “A cada mês é feita uma repactuação e muitas vezes fazemos mudanças. Em junho faremos um grande pacto e vamos a cada três meses estar discutindo o pacto”. O secretário disse que estará também discutindo com as categorias profissionais que ficaram insatisfeitas com os salários e com a implantação das fundações.
“Há uma visão distorcida das fundações, que criou avanços. Hoje se compra mais rápido e mais barato. Os hospitais federais (universitários) estão seguindo esse modelo das fundações. A empresa criada para gerenciar os hospitais universitários encontra-se funcionando por medida provisória. Houve tensão com os servidores, mas cento e dez médicos que não aderiram à fundações três meses depois solicitaram a adesão e isso se deu com a lei criada e aprovada aqui nesta Casa”.
O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), declarou Antônio Carlos Guimarães, recebeu importantes mudanças e investimentos e está tendo atenção significativa na área de pronto-socorro. “Vamos reforçar as áreas onde há maior carência, como a obstetrícia. Em Glória e Lagarto haverá o funcionamento de algumas especialidades”, explicou. A secretaria, prosseguiu o auxiliar do governo, está qualificando a gestão para garantir uma melhor assistência.
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