terça-feira, 19 de abril de 2011

SEQUESTRADOR SE ENTREGA A POLÍCIA APÓS 30 HORAS DE NEGOCIAÇÃO.

Após quase 30 horas de intensas negociações, o sequestrador José Elígio Tavares, 30 anos, que mantinha em cárcere privado desde a manhã desta segunda-feira, 18, sua ex-esposa, Cristielane Caetano Mota Santos, 21 anos, decidiu se entregar às 14h45 de hoje. A negociação com o sequestrador foi conduzida por integrantes das polícias Civil e Militar e por uma psicóloga da Defensoria Pública de Sergipe e um psiquiatra.

Por volta das 14h30, o secretário de segurança pública, João Eloy de Menezes, retornou à rua Tenente Wendel Quaranta, número 1.809, para acompanhar de perto o andamento das negociações. Quinze minutos depois, José Elígio entregou o revólver calibre 38 com cinco munições aos policiais e juntamente com a vítima foi conduzido para uma ambulância do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU). Eles foram conduzidos para uma unidade hospitalar de Aracaju que não foi divulgada por questão de segurança.

O secretário João Eloy aproveitou a oportunidade para agradecer todos os profissionais envolvidos com as negociações. "Feliz com o desfecho positivo deste caso. Desde o início adotamos a doutrina do gerenciamento de crise, onde visamos preservar não só a vida da vítima e dos nossos negociadores como também a do sequestrador. Este tipo de crime exige muita paciência, buscando convencer o sequestrador através do cansaço. Aproveito para agradecer aos integrantes das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e os profissionais da OAB, Defensoria Pública e SAMU", declarou o secretário João Eloy.

O sequestrador passará posteriormente por uma avaliação psiquiátrica no hospital São José e posteriormente ficará à disposição da Polícia Civil. Apesar do sofrimento vivenciado nestas quase 30 horas, a vítima saiu sorridente sob aplausos da população. O coordenador das Delegacias da Capital, delegado Fernando Melo, comemorou o fim do sequestro. “O trabalho desenvolvido nestas longas horas foi sério e muito profissional e o melhor que terminou com as duas vidas preservadas”, explicou.

Melo destacou, ainda, que vários delegados vão se reunir ainda nesta terça-feira no Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) para verificar quais tipos de crimes foram cometidos por José Eligio, bem como identificar a origem da arma utilizada por ele no sequestro. O casa onde serviu de cativeiro está sendo vigiada pela Polícia Militar, que aguarda a chegada de técnicos do Instituto de Criminalística para fazer a perícia no local.

O tenente-coronel Luiz Fernando parabenizou a maneira como o caso foi conduzido e a forma como vários setores do Estado se envolveram. “O isolamento do perímetro, a participação de médicos, psiquiatras, defensores públicos e, sobretudo, a maneira como as Polícias Militar e Civil conduziram essas negociações foram fundamentais para garantir os direitos humanos e preservar a vida da vítima e do sequestrador”, disse.

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