José Elígio Tavares, que manteve como refém sua ex-mulher Cristelane Caetano Mota Santos, por mais de 30 horas, desistiu de tê-la como refém e entregou-se à polícia, depois de uma longa conversa com a psicóloga Juliana Passos e através do delegado Baronto.
José Elígio entregou-se pacificamente e foi imediatamente transportado em uma ambulância do Samu para um hospital para tramento especializado, o São José. O mesmo aconteceu com Cristelane que tambem foi removida para um hospital, o Nestor Piva. A decisão foi tomada pela policia evitando assim uma outra aproximação, até que os fatos sejam devidamente solucionados.
Quinze minutos antes de se entregar, percebia-se rua onde se localizava a casa, uma movimentação dos policiais, inclusive com a retirada de soldados da tático-móvel. osé Egidio saiu muito abatido e demonstrando um grande cansaço. Já aex-mulher saiu tranquilamente, mas muito amedronta. Neste momento todos se encontram no Hospital Netor Piva, onde há um grande número de jornalistas.
Defensores - Na manha de hoje, cinco defensores públicos foram para o local acompanhar as negociaçoes com o sequestrador, que mantem a ex-exposa presa em cativeiro por mais de 30 horas. Tambem esteve presente a psicologa Juliana Passos Andrade, que acabou tendo um contato direto com o sequestrador e sua ex-esposa.
Um fato novo acontece com relação ao seqüestro onde Cristelane Caetano Mota Santos, 21 anos, é mantida como refém pelo ex-marido José Elígio Tavares, 24 anos, desde as primeiras horas de ontem e que já dura mais de 30 horas.
Após a chegada dos defensores públicos, por volta das 8 horas desta terça-feira, Eligio pediu para falar com uma psicóloga, o que acabou acontecendo. Após algum tempo de conversa dentro do cativeiro, a psicóloga Juliana Passos, conta que no momento, José Eligio Tavares tem a arma apontado para sua cabeça, e não contra a ex-mulher. Alem disso, segundo Juliana, Cristelene disse durante a conversa que teve com a psicóloga, que só deixaria o local se fosse em companhia do ex-marido.
Outra situação contada por Juliana Passos, é que José Elígio Tavares não tem feito nenhum tipo de agressão à ex-esposa, chegando inclusive a fazer cachorro quente para que eles se alimentassem durante a noite.
O problema agora está em como a policia irá retira-los do local, sem colocar em risco a vida de ambos. A policia ainda não sabe como irá fazer. Neste momento, a policia proibiu contato com a imprensa.
Relembre o caso:
A jovem Cristielane Caetano Mota Santos, de 21 anos, foi mantida em cárcere privado pelo ex-marido José Elígio Tavares, de 24 anos, em sua residência situada na rua Tenente Wendel Quaranta, no bairro Suíssa. Desde as 9 horas desta segunda-feira (18), a polícia tenta finalizar a situação, sem sucesso. Às 23:40 horas o clima era de tensão e medo. A insistência em não se entregar por parte de Elígio e a posição da polícia em não invadir a casa em que se encontra o casal prolongam a tensa situação. Após pouco mais de 12 horas com a arma apontada para a vítima, o autor mostra sinais de cansaço.
Já nesta terça-feira, por volta de 1 hora da madrugada, o quadro continuava o mesmo. Policiais sem querer invadir a casa, para vencer José Elígio pelo cansaço. Sob chuva intensa o pessoal continua em frente à casa de Cristielane e a informação mais recente é que ele passou parte da noite no celular com um tio, que o aconselhava a se entregar, mas ele não obedeceu.
Durante todo o dia diversas equipes das Polícias Civil e Militar estiveram no local para tentar negociar com o autor do cárcere e também conter a população que se aglomerou nas proximidades da casa em que ocorre o fato. Pelo menos seis delegados estiveram montando uma estratégia de ação. Um oficial da Polícia Militar e o coordenador do Complexo de Operações Policiais Especiais – Cope –, delegado Everton Santos, tiveram mais próximos do casal, tentando negociar com Elígio a sua rendição.
Logo pela manhã a polícia recebeu a informação de que a vítima havia sido atingida por um tiro de raspão em uma das pernas. Após grande insistência, o autor permitiu a entrada na residência de um socorrista do Atendimento Móvel de Urgência – Samu – que ficou presente no local durante toda a ação. Já durante a tarde, Elígio ainda tentou negociar uma troca de refém, pedindo a substituição da ex-mulher pelo pai dela, o que não foi aceito.
Mesmo com o prolongamento da ação, a polícia insistiu em não efetuar a invasão. “Vamos aguardar que ele se entregue. Uma invasão será o nosso último passo”, indicou o delegado Fernando Melo, coordenador das Delegacias da Capital. As luzes da casa também foram cortadas, como tentativa de inibir a ação do rapaz.
Motivação – Segundo conhecidos da vítima, um pedido de separação teria sido a causa da ação por parte de Elígio. O casal, que teria vivido junto por sete anos, estaria separado há cerca de 20 dias, mas o rapaz não aceitava a situação. Eles ainda têm um filho de cinco anos.
Pessoas que conviviam com a vítima contam que em dezembro do ano passado Cristielane chegou a prestar queixa no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis contra o então marido, temendo ações violentas da parte dele. No último dia 15, ela teria tomado conhecimento pelo filho que Elígio havia comprado uma arma de fogo e voltou a procurar a polícia para alertar sobre o perigo que estava sofrendo.
Fonte: Faxaju
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