sábado, 5 de setembro de 2009

MUNICÍPIOS RECLAMAM DA FALTA DE APOIO DO ESTADO PARA ATRAIR TURISTAS PARA A REGIÃO DA ROTA DO SERTÃO QUE AINDA É POUCO EXPLORADA.

Turistas seguem a rota direto para o Cânion, sem paradas

Por ano milhares de turistas desembarcam em terras sergipanas para conhecer as belezas do Cânion do Rio São Francisco. No trajeto até lá percorrem centenas de quilômetros e cortam municípios importantes do Estado, a exemplo de Nossa Senhora da Glória considerada a capital do Sertão sergipano. No entanto, essas cidades ainda não conseguiram se tornar ponto de parada para esses turistas, que vão e voltam quase diariamente.

A gastronomia peculiar, o comércio, o folclore e o artesanato característico da região, são alguns atrativos encontrados neste caminho. O calor também é uma característica predominante, que acaba influenciando no cotidiano dos sertanejos e na própria paisagem da região. Mas, para conseguir atrair e receber bem os turistas falta a esses municípios o mínimo de estrutura, como pousadas e restaurantes.

Os administradores municipais reivindicam apoio para conseguir desenvolver o setor. É o caso da prefeita de Glória, Luana Oliveira. “O município sozinho não consegue dar conta”. Ela conta que há projetos de construção de um centro cultural e de uma vila dos turistas espaços que iriam reunir o que há de melhor na cultura e do artesanato do município. Segundo Luana, os projetos ainda são ‘embrionários’, mas o objetivo é transformar Glória, município que possui a 2° maior feira do Estado, na porta de entrada para a Rota do Sertão.

Falta infra-estrutura

Em Poço Redondo, um dos municípios mais pobres do Estado, o cangaço é o grande cartão de visita, já que foi lá que Virgulino Ferreira, o Lampião, e seu bando foram mortos, mas precisamente na Grota de Angico. Além disso, a diretora de Turismo da prefeitura municipal, Rogéria Dantas, destaca que o município “possui potencial que outros não têm”.

Mas segundo ela, falta, além de ajuda governamental, interesse da própria população em colocar Poço Redondo na rota do turismo. “Os empresários não têm visão. Eles se iludem achando que tem que partir só da administração”, afirma. Apesar do potencial cultural e histórico, a cidade deixa muito a desejar no quesito saneamento básico, poucas ruas são asfaltadas e não há esgotamento sanitário.

Em Monte Alegre, que também está na rota do sertão, a prefeitura pensou em resolver antes esses problemas para poder investir nas potencialidades turísticas. Segundo Cleuso de Freitas, secretário de cultura, esporte, lazer e turismo de Monte Alegre, somente agora os gestores começaram a pensar em desenvolver o turismo.

Ele conta que está sendo criado um parque municipal que terá uma trilha que levará até o local onde foram encontrados restos de uma preguiça gigante. “Os estudos já foram feitos e só está faltando o recurso para adquirir a área”, explica. A verba, segundo ele, deve ser liberada pelo Governo Estadual. O prefeito do município, João Vieira de Aragão, ressalta a importância de investimentos nessa área. “Dar incentivo ao turismo é resolver crise, como a geração de emprego e renda”, afirma.

Primo Rico

Em Canindé do São Francisco, a situação é um pouco melhor do que nos demais municípios que compõem a rota, já que o Cânion e demais atrativos de Xingó, a exemplo do Museu de Arqueologia de Xingó (MAX), fica dentro do município. No entanto, há muito trabalho ainda a ser feito para manter o turista na cidade.

Segundo a secretária de Turismo do município, Silvinha de Oliveira, a prioridade da prefeitura é o turismo. “Nós temos um planejamento pronto até 2018 e estamos buscando parcerias”, afirma. Para ela, o que falta às vezes é criatividade e planejamento aos municípios. “O turismo faz a auto-estima das pessoas ir lá pra cima. E o retorno financeiro é muito rápido”, garante.

Fonte: Infonet

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