Os vereadores de Aracaju demonstraram preocupação em relação ao avanço do crack em Sergipe. O tema voltou a ser debatido no plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta segunda-feira, 30/5. Desta vez em Sessão Especial proposta pela vereadora Rosângela Santana (PT), que vai discutir os problemas causados pela dependência dessa droga.
Na ocasião, o coordenador nacional da Central Única das Favelas (Cufa), Francisco José Pereira de Lima, conhecido como Zezé Preto, apresentou o documentário ‘Fortaleza Noiada’, no qual apresenta várias situações de dependentes do crack na capital cearense de Fortaleza.
A maioria dos vereadores que acompanharam a apresentação do documentário e da explanação de Zezé Preto, parabenizaram a iniciativa da colega parlamentar Rosângela em proporcionar a toda sociedade a importância de se aprofundar mais na problemática atual que são as consequências causadas pela dependência do crack. Todos os parlamentares foram unânimes em afirmar que esse é um problema de toda sociedade.
O vice-presidente da CMA, Jony Marcos (PRB), relatou o caso de um amigo e pai de família que experimentou por brincadeira o crack e acabou ficando dependente da mesma. Jony falou ainda que através do trabalho pastoral em sua igreja recebe o apelo de várias mães que o procura para tentar salvar a vida dos filhos. "Na maioria das vezes as mães procuram ajuda, infelizmente quando o filho passa a roubar ou ser ameaçado de morte. Parece que há um conformismo, que só após essas ameaças é que as famílias nos procuram", disse o vereador
Para Miriam Ribeiro (PSDB), só sabe o grave problema que um dependente de droga passa é quem tem dentro da própria casa ou família. Este não é só um problema dos governos mas de toda família. Sabemos que o principal passo para se ajudar o viciado é que ele queira parar com o vício", disse a vereadora parabenizando a colega pelo importante debate.
Já Emerson Ferreira (PT), ressaltou a necessidade de se rediscutir as questões da estrutura famíliar, da escola e das relações sociais para prevenir principalmente a juventude, do primeiro contato com os vários tipos de droga em particular o crack. "Esse é um tema mais que atual. Quem de nós não tem uma pessoa próxima que não sofreu ou sofre com dependência química. Esse é um problema de toda sociedade. É preciso se mudar a estrutura montada pelo estado. Precisamos ir na causa do problema e para isso toda sociedade civil precisa estar unida nesta causa", disse o parlamentar.
Bertulino Menezes (PSB) que vem discutindo há dias no plenário da CMA falou da necessidade de se punir o traficante com medidas mais duras. Segundo o vereador, o dependente precisa querer o tratamento, colaborando assim para a diminuição do consumo. "Esse documentário mostrou tantos casos que é pouco tempo para se discutir em um só dia. A droga não é um problema da segurança pública nem desta casa mas de toda sociedade", declarou o vereador.
A vereadora Simone Góis (PT) também reconheceu a importância da discussão, parabenizando a colega parlamentar. "Essa é uma luta árdua que toda sociedade precisa se unir e soluções para combater o avanço dessa droga. Parabenizo a colega Rosângela e também a Zezé Preto, pelo forte e dramático documentário", disse a petista.
"Precisamos discutir esse assunto todos os dias. Tenho dois pacientes que são usuários de drogas e estão buscando tratamento para tentar substituir a dependência da droga. Esse é um paliativo que se não houver força de vontade do paciente a libertação do vício fica difícil", falou o vereador Emanuel Messias (PRP).
Jailton Santana (PSC), afirmou ser contrário a legalização da maconha e que vai continuar batendo na mesma tecla exigindo que o poder pública exerça de forma mais eficaz o seu papel. "Esse tema já virou praticamente rotina neste parlamento Municipal. Nesse final de semana houve uma caminhada para legalizar a maconha, eu vejo cada dia mais com preocupação essa situação. Sou frontalmente contrário a legalização da maconha e quem defende não tem a mínima noção dos graves problemas futuros. A gente houve muita propaganda e não se encontra nenhuma clínica especializada para esse fim. O Estado precisa tratar os dependentes químicos. Vamos continuar batendo nessa tecla para que o poder público possa fazer o seu papel", ressaltou.
O presidente da CMA, Emmanuel Nascimento (PT) , destacou que temas dessa importância só engrandece o Legislativo. "Esse problema do crack precisa ser discutido hoje por toda sociedade. Enquanto poder público precisamos salvar a nossa juventude. Precisamos mobilizar todos que fazem parte dos poderes públicos no sentido de coibir esse grave problema social. Esta Casa está dando sua contribuição más a Assembléia, os grêmios escolares, as associações e outros grupos organizados de todo seguimento da sociedade também, precisam se somar nessa luta contra as drogas", declarou o presidente da CMA.
Finalizando o debate, Rosângela Santana agradeceu a todos os presentes em especial a Zezé Preto pelo convite. "Zé tem sido um grande parceiro para a construção de uma caminhada que pensa a cidade do ponto de vista de inclusão. Precisamos saber qual é a política que estamos implementando. Se de inclusão ou exclusão para uma grande juventude que está na periferia . O problema a gente já conhece, precisamos agora é encontrar soluções", finalizou Rosângela.
A todo instante ouvimos falar do problema mas o que fazer???? o que tem sido feito? A quem recorrer quando temos uma pessoa envolvida com essa draga devastadora? só fala e papel não resolve, precisamos de profissionais especializados e clinicas para tratar os doentes, já perdi um irmão para esta droga e estou quase perdendo outro e já não sabemos o que fazer, quantas vidas terão que ser sacrificadas para que algo seja feito?O Crack tem efeito dominó só quem vivencia é que pode dizer com propriedade a dor de ver alguém em tal estado e como isso afeta todos da familia.Ficamos tão atordoados com a situação que pensamos em coisas absurdas para evitar que o dependente se afaste pois clínicas só com muito dinheiro, amarrar, prender logo vem os direitos humanos,isso é muito sério, é um pedido de socorro, em nome de uma sociedade que merece a devida atenção a este fato que diante dos nossos olhos muitos não conseguem enxergar.
ResponderExcluirObrigada!
CNS