quarta-feira, 25 de maio de 2011

"O POVO NÃO PODE FICAR DEPENDENTE DE SÃO PEDRO", ALERTA VENÂNCIO SOBRE O CAOS PROVOCADO PELAS FORTES CHUVAS.

Foto:  Maria Odília

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (25), para levantar sua preocupação sobre o caos que se instalou em Aracaju ontem, após horas consecutivas de fortes chuvas. Venâncio disse que o povo da capital não ficar dependente de “São Pedro”, dando a conotação que a cidade não está preparada e organizada para suportar chuvas contínuas.

“Acho que o título de Capital da Qualidade de Vida fica apenas na propaganda. Foram seis horas de chuvas e a cidade ficou alagada em vários pontos. Para se ter qualidade de vida, o município tem que ter boa educação, boa saúde. A situação que nós vimos ontem na capital é preocupante porque até as obras que já foram feitas parece que não serviram para nada porque tudo encheu novamente. Os aracajuanos precisam de obras que lhes contemplem, que lhes dêem qualidade de vida, e que não podem ficar dependentes de São Pedro”, cobrou o líder da oposição.

Em aparte, o deputado Arnaldo Bispo (DEM) disse que “fui ao banco ontem, na região do Jardins, e meu carro ficou preso naqueles alagamentos. Não existe viabilidade urbana e as equipe de trabalho são vão para as ruas quando tudo já está alagado”, criticou. Já o deputado Augusto Bezerra (DEM) disse que “começaram a obra no inverno, no Coqueiral, e as pessoas perderam seus móveis. Nós tivemos o verão inteiro e eles não fizeram nada.

Enquanto isso, as pessoas estão doentes, morando em galpões, sem médicos e sem remédios. Sugiro que essas pessoas que tiveram seu móveis perdidos que procurem o Ministério Público para serem indenizadas porque o dinheiro já veio e foi gasto”.

Também em aparte, o deputado Garibalde Mendonça (PMDB) disse que “Aracaju ganhou um problema sério e que tem que ser resolvido: o crescimento desordenado. Existem várias construções sem ordenamento na nossa capital e não existe trabalho preventivo. O plano diretor continua sem ser aprovado e os canais de Aracaju estão com mais de um metro de areia. Essa areia tem que ser dragada. As bocas de lobo têm que ser limpas sempre, e não apenas quando chove”.

Gilmar Carvalho (PR) disse que é preciso urgentemente que a Assembleia Legislativa forme uma Comissão Suprapartidária, respeitando a independência da Câmara Municipal, para acompanhar as discussões sobre o Plano Diretor. “Não se trata de qualquer tipo de interferência, mas não há plano diretor em Aracaju sem que haja interferência nos municípios vizinhos. Ele interfere nos trabalhadores de São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro que migram permanentemente para a capital. São pessoas que trabalham em Aracaju e que dependem diretamente do que será feito na capital”.

Requerimento – Venâncio disse que apresentou um requerimento para que o secretário de Estado de Educação, Belivaldo Chagas (PSB), venha à AL para apresentar a proposta do governo para o Sintese. “Nós tínhamos apresentado um requerimento aprovado nesta Casa convidando a presidente do Sintese para que ela discorresse sobre a proposta do sindicato. Como os professores têm uma proposta e o governo tem outra, nós decidimos ouvir os dois lados.

Polêmica – Ainda sobre o pagamento do piso dos professores, Venâncio colocou que o secretário adjunto de Comunicação, Sales Neto. “Ele publicou em seu twitter que a única categoria que tem direito a receber o piso é o Nível I”. Antes de encerrar seu pronunciamento, e diante de uma nova crítica do secretário via twitter, Venâncio disse na tribuna que “Agressivamente o secretário diz que a polêmica é falsa, que não podemos lhe imputar palavras e que é coisa de mal caráter. Mal caráter é quem escreve e não assume”.

Crítica – Venâncio também criticou o governo do Estado, através da Secretaria de Comunicação, pela publicação de um informe publicitário oficial com a foto do governador Marcelo Déda (PT). “Isso é proibido por lei. Foi um erro primário e que é proibido pelo artigo 26 da Constituição do Estado. O responsável pela publicação quis agradar o governador, mas deve corrigir e tomar mais cuidado para que erros dessa natureza não ocorram”.

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