sexta-feira, 27 de maio de 2011

SAMUEL REBATE OFENSAS DOS DEPUTADOS GUALBERTO E ANA LÚCIA AOS MILITARES SERGIPANOS.

Deputado Capitão Samuel (arquivo)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou na manhã de ontem, 26, projeto de lei de iniciativa do Governo do Estado, que estabelece os percentuais de reajuste dos salários do funcionamento público do Estado.

A grande polêmica aconteceu porque, além dos 5,7% de aumento linear aos servidores, os delegados de polícia são contemplados também com um reajuste especial no patamar de 5%, sem contar com o acordo feito entre delegados e o governo que incorporou aos salários a gratificação de 40% nos salários dos delegados.

Representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado de Sergipe estavam presentes na sala de comissões assim como policiais militares que acompanhavam a aprovação dos projetos.

O deputado estadual Capitão Samuel (PSL), se manifestou durante a votação do tal projeto para colocar o seu posicionamento em relação ao distanciamento que este reajuste dado aos delegados causa novamente entre as categorias, Polícia Militar e Polícia Civil e enfatizou que o governo piora a situação quando aumenta a distância entre as categorias. “Este governo teve uma postura de aproximar as categorias quando depois de uma grande luta dos policiais e bombeiros militares concedeu o aumento e diminuiu a distância entre os salários da PM e da PC, agora com aprovação deste projeto as coisas começam a andar no sentido contrário novamente, distanciando as categorias”, afirmou o deputado.

Após a participação do deputado capitão Samuel, a deputada estadual Ana Lúcia (PT), colocou o seu posicionamento em relação ao seu voto dizendo que estava confiando no governo no sentido de que os avanços não parariam por ali, porém, a deputada do PT, não se agradou com a interferência de um militar que protestou na platéia. A deputada não se conteve e chamou os policiais militares de mal-educados e que não admitiria um posicionamento deles na sua fala, além de chamar a atenção do deputado Capitão Samuel para o regimento da Casa que não aceita o pronunciamento do povo numa sessão com aquela. A deputada também disse que era uma incitação aquele tipo de manifestação e que quem estava ali era uma tropa armada. “Eu não admito você ai sentado ao lado do Comandante (se referindo ao ex-comandante da Polícia Militar, Cel. Péricles) que por sinal foi meu aluno, esse tipo de manifestação, vocês mais do que ninguém deveriam respeitar a disciplina, pois são militares. É uma falta de respeito, uma falta de educação esse tipo de manifestação, eu quero ter a minha fala garantida”, disse Ana Lúcia.

O posicionamento da deputada provocou no deputado Capitão Samuel um sentimento de indignação que interferiu a sua fala e protestou mais uma vez dizendo que a sua categoria tinha sido agredida pela deputada. “A categoria foi agredida pela senhora, eu não posso calar, os militares não são mal-educados e não têm a obrigação de saberem do regimento interno desta Casa, nunca desrespeitei a sua categoria e nunca desrespeitamos nenhuma autoridade em nosso movimento”, desabafou o capitão.

O deputado e líder do governo, Francisco Gualberto (PT), se exaltou com a discussão e em tom elevado se dirigiu ao deputado Samuel Barreto afirmando que ele não era um militar e sim um deputado. Francisco disse ainda que a manifestação dos militares naquele recinto era um golpe de Estado. “Deputado, eu não sou um sargento que está diante de um capitão, eu sou um deputado”, concluiu Gualberto.

O Capitão Samuel respondeu o líder do governo da mesma forma e afirmou que quem estava ali também era um deputado. “Gualberto quem está aqui também é um deputado que por sinal teve muito mais voto do que você”, retrucou Samuel Barreto.

A polêmica tomou conta de todo o ambiente provocando nos deputados manifestações diversas. Por conta dessa problemática os deputados inscritos não falaram na tribuna apenas o líder do governo, Francisco Gualberto (PT) e o líder de oposição, Venâncio Fonseca (DEM).

Policiais militares presentes na sala de comissões da ALESE, em protesto a deputada Ana Lúcia e ao deputado Francisco Gualberto se retiraram do local, todos calados em respeito ao regimento daquele órgão. O militar que se manifestou na fala da deputada Ana Lúcia fez apenas uma participação com uma citação verbal. A indignação e o protesto maior ficou por conta do presidente do SINPOL – Sindicato da Polícia Civil, Antônio Moraes. Vale ressaltar que os profissionais de Segurança Pública do Estado, antes de serem militares são cidadãos e merecem respeito. A categoria está sendo mais uma vez discriminada pelo governo do Estado que até então sequer recebeu a classe para um diálogo.

Fonte: Chris Brota

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