quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"NÃO PODEMOS CHAMAR UM DESGOVERNO DE GOVERNO", CONDENA VENÂNCIO.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna nessa quarta-feira (11), para continuar cobrando do governo do Estado o envio da proposta de reajuste salarial dos servidores público no exercício de 2013. Durante sua exposição, o deputado leu um artigo escrito pelo jornalista Adiberto Sousa destacando o “Calote Petista” pelo não envio da proposta. Venâncio foi ainda mais longe e disse que não vai se render, que vai continuar cobrando o percentual, porque, segundo ele, quem hoje governo, cobrou muito o reajuste nos governos anteriores.

Ao iniciar seu discurso, Venâncio disse que “o jornalista fala aqui do Calote Petista, mas tem que botar Jackson Barreto e o PMDB nessa conta também! Eles foram eleitos em uma mesma coligação. Não tem porque poupar JB. É ele quem está com a caneta na mão! Use se quiser, agora quem está sentando na cadeira é ele! Se não tem autoridade para governar aí já é outra coisa! Foram eles que sempre usaram os servidores com o discurso de defesa da classe trabalhadora e hoje estão massacrando os servidores”.

Em seguida, o líder da oposição chamou a atenção para o Diário Oficial do Estado. Venâncio lembrou que por motivos de saúde, o secretário da Fazenda, João Andrade, se afastou do cargo e foi substituído pelo subsecretário de assuntos energéticos, Oliveira Júnior, que passou a responder pelas duas pastas.

“O interessante é que Oliveira Júnior foi substituído agora por Jeferson Passos, que era secretário de Planejamento e veio para a Sefaz sem ser exonerado. A mesma coisa ocorreu com Zezinho Sobral que acumula a Agricultura e agora o Planejamento. Tá tudo errado! Esses decretos de nomeação estão irregulares porque alguém tem que ser exonerado! São dois secretários, dois governadores e não pagam a ninguém!”, rebateu Venâncio, que passou a comparar os valores das taxas de serviços cobradas pelo Detran de Sergipe que são sempre superiores às de outros Estados da Federação, incluindo aí os salários-base dos servidores. “É uma das maiores explorações do País”.

Em seguida, Venâncio disse que o secretário da Fazenda alega não ter folga para dar um bom reajuste salarial, que existe limite prudencial e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Vejo a deputada Ana Lúcia (PT) e fico até com pena dela com esse governo que é uma tragédia que não cumpre nada! Não tem dinheiro para os servidores mas tem uma capacidade de endividamento extraordinária! De 200% só tomou 49%! É muita cara de pau! Querer endividar o Estado vivendo de dinheiro emprestado! O pior é que não vão pagar um real! A conta vai ficar para os próximos governos! Tem dois secretários, tem os adjuntos, que ninguém sabe onde trabalham, e os subadjuntos. Não podemos chamar um desgoverno desses de governo!”.

Venâncio ainda lembrou que estamos na véspera de um ano eleitoral. “Depois da eleição vão pisar no pescoço do servidor! Já pisaram no piso dos professores. Eu não me canso. Podem me chamar de chato. Vou continuar cobrando esse reajuste dos servidores porque quando eles não eram governo cobravam e muito dos governos dos outros”, disse, sendo acompanhado em aparte pelos deputados Gilson Andrade (PTC), Capitão Samuel (PSL) e Susana Azevedo (PSC).

Também em aparte, o deputado ZÉ Franco foi ainda mais incisivo na crítica ao governo. “Tem secretaria com três secretários. Como pode esse Estado funcionar? Falam em limite prudencial, em Lei de Responsabilidade Fiscal. Façam um choque de gestão! Os deputados estão do lado dos servidores. De gogó eles já estão cheios! Como pode, por exemplo, esses servidores do Detran, de um órgão que arrecada bem? Tem que cobrar mesmo!”.

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