sábado, 9 de abril de 2011

COMERCIANTES RECLAMAM DE FALTA DE SEGURANÇA EM PROPRIÁ.

O problema da insegurança no município de Propriá tem sido motivo de queixas da população que afirma não agüentar mais tanta impunidade. De acordo com os comerciantes, eles têm sido as principais vítimas da marginalidade e cansados de esperar medidas do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública, estão adotando a medida de contratar seguranças particulares para assegurar os seus estabelecimentos comerciais.

Josailton é proprietário de duas lojas, uma de fotografia e outra de celular, ambas no centro do município, ele conta que suas lojas foram assaltadas várias vezes. “Foram cinco roubos, dentre eles três assaltos e dois arrombamentos. Todo mundo tem um hoby, o meu é colecionar boletim de ocorrência”, ironiza Josailton.

Ainda de acordo com o comerciante o município está a mercê dos bandidos. “Já procurei as autoridades policiais, mas não adianta porque o descaso é muito grande. Você pode circular por todo o centro e você não verá um homem. A principal fonte de renda hoje em Propriá é o comércio e, no entanto está jogado às traças, infelizmente”, lamenta Josailton.

Já para Zé Paulo,comerciante do ramo de confecções a tendência da insegurança tende a piorar a cada dia. “Eu fui assaltado uma vez, mas foi o suficiente para acreditar que uma segunda, terceira vezes poderá acontecer a qualquer momento. O contingente de policiais é pequeno demais e a gente não vê nada sendo feito e isso até nos revolta porque pagamos nossos impostos.

Segundo o presidente da Câmara dos Diregentes Lojistas( CDL), José Manoel não tem mais que 15 homens atendendo todo o município e povoados. “Somente a disposição da SMTT são 10 guardas. Eu não estou presidente apenas para usufruir do título, mas para lutar no que for melhor para a categoria. Propriá é uma cidade fronteira e é o único lugar que tem feira diariamente.O fluxo de pessoas do município e de fora é muito grande e o que se vê é principal gerador de emprego e renda totalmente abandonado. Todos os dias há roubo. Eu acho que a prefeitura deve cobrar mais do Estado providências emergenciais porque tenho colega que até fechou loja por conta dessa impunidade tamanho foi o prejuízo dele”, conta José Manoel.

“Tenho uma rede de lojas e sei o que representa o comércio para Propriá e para a população e não consigo entender porque o Estado não coloca nossa causa como prioridade, se eles acham isso pouca coisa é porque eles realmente devem estar esperando a bola de neve ficar maior ainda para poder tomar providências porque vai chegar o momento em que a situação vai fugir do controle. Geralmente os assaltos acontecem na hora do almoço e no final da tarde e é justamente neste horário que os policiais, que já são poucos, somem e a gente fica revoltado e tem que se previnir sozinhos, mas não deveria assim porque pagamos nossos impostos e segurança não é um favor do Estado, é um dever”, critica o empresário Marcone Trindade.

Reunião na SSP

No último dia 15, os vereadores de Propriá conseguiram realizar audiência com o Secretário de Estado de Segurança Pública, João Eloy, e representantes da SSP. O objetivo do encontro foi tratar de Projetos para o município e principalmente do crescente índice de insegurança pelo qual Propriá vem passando.

Sobre o contingente de guardas João Eloy explica. “Esse problema é em todo o Estado, estamos fazendo todo o esforço. Estamos tirando policial de Aracaju para levar para Propriá. O problema do bandido não é a falta de medo da polícia, mas sim o uso de droga que tem sido o fator motivador de tantos atos absurdos em nosso Estado. Tudo para comprar drogas, essas pessoas não têm medo da polícia, nem de ninguém”, justifica João Eloy.

Os vereadores contestam e de acordo com o vereador Aélson Santos, a violência no município vem aumentando pela necessidade de reativação do Serviço de Inteligência. “Só assim desarticularemos grupos que agem no município, vindos muitas vezes de outros Estados”, explica.

Fonte: Jornal Correio de Sergipe (Maíra Ribeiro)

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