A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) coordenou, na manhã desta terça-feira, 03, uma reunião com representantes de secretarias municipais e estaduais para discutir e avaliar as ações realizadas por cada órgão no combate ao crack e discutir novas estratégias a serem adotadas. O evento foi realizado no Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps) e foi a 1ª de uma série de reuniões que irão acontecer ao longo do ano.
Segundo o coordenador de Estratégias e Redução de Danos da Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), Wagner Mendonça, a reunião foi de grande importância para que o trabalho de combate ao crack continue sendo realizado em sintonia com as diversas áreas de atuação.
"O evento teve como objetivo reunir os diversos setores da PMA e do governo para fortalecer as frentes de combate ao uso das drogas. Nosso intuito foi debater o Plano Municipal de Enfrentamento ao Crack, avaliando os resultados e alinhando as secretarias para realização de ações intersetoriais estratégicas no combate ao uso dessa droga" afirma Wagner.
Nos últimos anos, com o aumento do consumo de crack, ocorreu uma mudança no perfil dos usuários de drogas. Além do público masculino adulto, as crianças e adolescentes foram os usuários que mudaram o perfil, passando a utilizar o crack como principal droga de consumo, o que exige um aumento nos cuidados.
De acordo com o secretário Municipal da Saúde, Silvio Santos, a situação do crack no Brasil é alarmante e é de fundamental importância a união dos gestores para que sejam elaboradas ações efetivas para combater o uso da droga. "Diante dessa triste realidade surgiu a necessidade de unirmos forças com todos os setores da prefeitura e governo do Estado, para que possamos chegar a um caminho que nos dará as soluções no combate à essa droga que vem destrói muitos lares", pontuou Silvio Santos.
Participaram deste primeiro encontro representantes das secretarias municipais de Assistência Social; Cultura, Turismo e Esportes; Transporte e Trânsito além das secretarias de Estado da Educação e de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.
Crack no Brasil
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou um levantamento inédito e traçou uma radiografia da realidade do crack no Brasil, durante o ano de 2010. A pesquisa traz dados alarmantes e aponta que a droga já chegou a 98% dos municípios brasileiros, cerca de quatro mil cidades foram consultadas.
Os Municípios foram questionados sobre a presença ou não do crack e sobre o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à prevenção e ao controle do uso. Mais de 91% não possuem programa municipal de combate ao crack e nenhum tipo de auxílio dos governos federal e estadual para desenvolver ações.
Aracaju
Em Aracaju, o trabalho já vem acontecendo desde 2003 onde a SMS realiza assistência psicossocial dos usuários de substâncias psicoativas. As atividades são desenvolvidas no Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (Caps AD) Primavera, localizado na rua Guarapari, bairro Atalaia.
Atualmente, o Caps AD atende a 312 usuários a partir dos 16 anos. Cerca de 20 funcionários trabalham de segunda a sexta-feira para garantir um tratamento eficaz e humanizado aos pacientes.
Equipe
A equipe do Caps AD é formada por psicólogos, psiquiatras, médicos, educadores físicos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem e oficineiros. Além da medicação correta para cada caso, o tratamento conta com o acompanhamento integral ao paciente e com atividades de integração e socialização. O Caps conta ainda com grupos específicos para atender mulheres, adolescentes, usuários de álcool e crack.
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