As declarações feitas pelo governador Marcelo Deda (PT), na ultima segunda feira, continua a repercutir de forma negativa junto ao funcionalismo publico, e principalmente entre as policias civil e militar.
Na entrevista, o governador qualificou como “invejosa” as reivindicações feitas pela sindicato dos policiais civis. Quanto aos professores e PMs, Deda disse que tudo que tinha que ser feito, “já foi feito e o tacho secou”.
A resposta às palavras do governador foi imediata. O presidente do Sinpol, Antonio Moraes, disse que Marcelo Deda esta confundindo as coisas. Major Adriano Reis, disse esperar que o governador, que “teve palavra para cumprir acordo com os delegados, que também tenha para com os PMs”.
O Vice-Presidente da AMESE, sargento Edgard Menezes, também não gostou das palavras de Marcelo Deda e disse não entender o “recado” do governador. “ O governador disse que estamos sentindo inveja e isso não é verdade. Nos estamos desprovidos desse sentimento, afinal, tudo que estamos pedindo, são coisas que trarão melhores condições de trabalho para o policial militar e mais segurança para a sociedade. Alem disso, em nenhum momento falamos em salário”, explicou Edgard.
Para Edgard Menezes, “o governo investiu na segurança, esquecendo de investir naquele que faz a segurança: O Homem”. “O que nós estamos reivindicando, é que o governo nos de melhores condições de trabalho. Veja você. Hoje o policial militar não tem uma arma cautelada para ele. Na verdade falta armas para os policiais. O numero de armar é reduzido. Alem disso, falta ainda coletes a prova de bala. Os coletes são reduzidos e não são individuais. Então isso tudo não é uma reivindicação justa?”, questionou o gestor.
Uma outra reclamação feita pelo sargento, foi as declarações do governador que afirmou que a PM conquistou um bom salário sem sacrifícios. “ Não foi bem assim. Nós que agimos com inteligência e não fizemos o que eles esperavam que era que nos aquartelássemos, pois ai eles fariam com a gente o que fizeram com os bombeiros militares do Rio. Mas foi sim uma grande luta que nos custou e ainda nos custa muitos inquéritos policiais. Ou ninguém se lembra disso”, questionou Edgard.
Edgard Menezes, explica que as reivindicações que estão sendo feitas pelos PMs, não se refere a salários. “O que nos estamos querendo, é que o governo, assim como fez com os delegados que conseguiram de forma merecida, que ele cumpra o que nos foi prometido. O governo nos prometeu a definição da carga horária, a LOB, exigência de curso superior para o ingresso na corporação e o ticket alimentação”, desabafou o militar, afirmando que realmente assim como disse o governador, a população sergipana não ficará sem segurança. Edgard disse que a orientação não é para que os PMs não trabalhem e sim, para aqueles que estão de folga, ou seja, quem for escalado no serviço ordinário, que cumpra a sua função, sem prejudicar o cidadão sergipano. “Nós não queremos que o cidadão sergipano fique sem segurança. O que nos queremos é que o governo nos trate como os outros funcionários e que nos deixe também termos o nosso lazer e nossa folga”, disse.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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