O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), fez pronunciamento na sessão da última quarta-feira, 23, para falar sobre a quantidade de equipamentos de fiscalização eletrônica instalados nas ruas e avenidas de Aracaju. Na sua opinião, a capital sergipana se transformou em uma indústria de multas. “Nos semáforos e em qualquer parte tem sempre aquele aparelhozinho que a SMTT [Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito] está colocando para multar. É uma indústria de arrecadação”, afirmou.
Segundo o deputado, a grande questão é que ninguém sabe o quanto é arrecadado pela SMTT com a fiscalização eletrônica por mês e anualmente. “Essa arrecadação deveria ser investida na própria estrutura de trânsito da nossa capital. E vemos que hoje isso não acontece”, disse Venâncio. O parlamentar citou em seu discurso um artigo publicado na imprensa revelando que Aracaju não tem planejamento e estudos de trânsito. “Os engarrafamentos estão insuportáveis, mas o único objetivo é arrecadar, é multar, é punir, quando deveria haver uma política educativa e não punitiva”, ressaltou.
Venâncio Fonseca disse que a prefeitura deveria ter responsabilidade e fazer um estudo, um planejamento do trânsito de Aracaju para agora e para o futuro, sob pena de se tornar um caos. Ele acrescentou que deveria haver transparência, com a prefeitura deixando claro onde e em que está sendo investidos os valores arrecadados com as multas. “Mas até hoje ninguém sabe para onde o dinheiro das multas está indo”, disse. Uma sugestão dada pelo líder da oposição para aplicação desses recursos é a contratação de um escritório especialista em trânsito para fazer um estudo projetando a capital para o futuro. “Mas isso ninguém faz, só querem arrecadar”, disse.
Ele lembrou da exploração do serviços de estacionamento público no centro de Aracaju através do parquímetro, quando por 10 anos uma empresa monopolizou o serviço. “Quando a Varca Scatena explorou o povo aracajuano por 10 anos, com 96% dos lucros para a empresa e 4% para a prefeitura”, afirmou. O deputado disse que agora o contrato dela expirou e a prefeitura já deveria ter um planejamento antes para fazer uma concorrência, mas depois de encerrado anunciou outra empresa e depois recuou dizendo que a própria prefeitura iria administrar. “Nós temos que estar de olho para que não venha outra ‘vaquinha’ explorar”, finalizou Fonseca.
Fonte: Assessoria do Parlamentar
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