terça-feira, 3 de setembro de 2013

VENÂNCIO: "PENSEI QUE GUALBERTO IA FALAR SOBRE O REAJUSTE".

Logo após o pronunciamento do deputado estadual Francisco Gualberto (PT), o líder da oposição, deputado Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, nessa segunda-feira (2), para esclarecer alguns pontos e isentar qualquer acusação feita pelo petista contra o senador Eduardo Amorim (PSC). Venâncio lamentou que Gualberto não tenha tratado da proposta de reajuste salarial dos servidores, cuja data base foi em 1º de fevereiro e, até agora, o Executivo não sinalizou com nada.

“Eu pensava que o ex-líder do governo, deputado Francisco Gualberto, estava na tribuna para falar algo referente ao reajuste dos servidores. Todo mundo está esperando por isso. Desde fevereiro que os servidores esperam. Agora, como Gualberto não tem uma resposta, como é um político inteligente e experiente, levantou essa discussão sobre Eduardo Amorim”, disse Venâncio, entrando no assunto levantado por Gualberto. “Participei da reunião, semana passada, e tive que sair na metade, porque tinha um compromisso fora do Estado. Foi por isso que o deputado Zeca da Silva (PSC) assumiu a presidência da comissão”.

Venâncio tratava da polêmica criada após a suspensão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da AL, semana passada, quando estava em discussão um projeto do Executivo que versava sobre um empréstimo de R$ 66 milhões para o governo. “Nenhum deputado da Assembleia recebeu orientação do senador Eduardo Amorim para não votar no projeto. Nenhum telefonema! Nem de Amorim, nem de João Alves (DEM), nem de ninguém! Esse projeto estava pactuado em uma conversa com o governador Marcelo Déda (PT). E o deputado Zeca da Silva, na condição de presidente, suspendeu a comissão para pedir mais informações”.

O líder da oposição disse que as informações chegaram, a comissão retornou aos trabalhos e o projeto foi aprovado. Ele disse que o mais lhe chamou a atenção foi a cobertura que setores da imprensa deram ao assunto. “As notícias veiculadas anunciaram como se Eduardo Amorim tivesse interferido na votação e não quisesse cumprir o acordado com Marcelo Déda. Se fosse verdade, ele não teria nem feito acordo! Não entendo o porquê desse desespero! Não tem sentido! Talvez seja porque o governo segue em último nas pesquisas”.

“Se declarou candidato, mas o desempenho não é bom! Resta sabe se isso é fruto do governo de Marcelo Déda ou do governo de Jackson Barreto! É uma complicação! Eles não estão se entendendo! Tem que fazer essa arrumação! Tem que se entender e falar a mesma língua! Eu tenho evitado dar palpite em um problema interno, mas está dando agonia já esse desentendimento. Eu rezo para que chegue logo uma solução”, ironizou Venâncio, destacando o recente desentendimento público entre o vereador de Aracaju, Robson Viana (PMDB) e alguns setores do PT.

Programas de Rádio – Sobre a acusação de Gualberto de que o programa jornalístico matutino da Rede Ilha é usado politicamente, Venâncio atacou o programa de mesmo teor e horário, na Megga FM (leia Atalaia FM). “Nós temos um programa político na Ilha? Temos! Agora o governo tem um programa nos mesmos moldes (Megga). Ele (programa) está do lado de quem?”. 
“Gualberto nunca ouviu? Nunca participou? Tudo inocente! Não queiram dar uma de inocentes! Se aqui tem uma Rede, lá tem um ‘arrastão” do governo que pega até emissoras de rádio de Alagoas. Cada um que faça sua parte e o povo tire suas conclusões”, completou o líder da oposição.

Hospital do Câncer – Sobre a crítica de Gualberto ao fato de Eduardo Amorim encampar a luta pelo Hospital do Câncer, Venâncio disse que não se trata de discutir a “paternidade” da ideia, mas de cobrar mais agilidade do governo. “É difícil cobrar agilidade do governo tartaruga. Deve até pedir desculpar as tartarugas. Se brincar são mais ágeis! Falam em Hospital do Câncer desde 2007 e até hoje a gente não viu o projeto. Tem mais de R$ 30 milhões garantidos em emendas e essa é a luta do senador Amorim”.

Em seguida, Venâncio completou dizendo que “o câncer é uma doença que aflige milhares de sergipanos que passam por uma situação difícil e sofrem com aquele aparelho obsoleto do Hospital João Alves. Ninguém pode negar o trabalho que foi feito pelo senador Amorim. Ele só está lutando para que esse dinheiro das emendas não se perca”.

Codevasf – “Sobre a Codevasf é uma vergonha! Colocaram a companhia para fazer obras de saneamento! Se a Deso que tem experiência não faz a contento, imaginem a Codevasf? Imagine como está o saneamento de Propriá? O pior é que o dinheiro sumiu”, acrescentou o líder da oposição, que foi aparteado pelos deputados Gilson Andrade (PTC), Zeca da Silva (PSC), Ana Lúcia (PT), Antônio dos Santos (PSC) e Augusto Bezerra (DEM). 

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