Aproveitando o encerramento da Semana da Pátria, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) foi à tribuna da Assembleia Legislativa e fez um discurso em defesa do regime democrático no Brasil. Em sua análise, três temas foram abordados com mais frequência: a tentativa da Rede Globo em transformar o 7 de Setembro num ato de protesto da direita contra o governo Dilma; a atuação inconsequente dos chamados ‘black blocs’ infiltrados nas manifestações populares; e o esquema de espionagem criminosa dos Estados Unidos contra o Brasil.
“A gente sabe muito bem o que está por trás disso tudo. A Globo não se conforma com o fato de Lula ter sido presidente deste país, já que era um operário que sempre combateu as elites. O governo de Dilma também é atacado por esse sistema. Eles não têm interesse na democracia. Fazem de tudo para atrapalhar, incentivam os ‘black blocs’ para se infiltrarem nas manifestações populares com o interesse de enfraquecer o movimento através da baderna, da violência policial”, analisou Gualberto.
Ele ficou indignado com a cobertura ‘jornalística’ da Globo durante os desfiles de 7 de Setembro em vários estados. “Ao invés de focar nos desfiles, dava ênfase aos protestos com meia dúzia de pessoas provocando vandalismo e confrontos. Nitidamente era um ato contra Dilma e contra a democracia no país”, disse, criticando também a imprensa de Sergipe que publicou reportagem sobre dois supostos jovens que sonham com a ressurreição do partido Arena e consequentemente com a volta da ditadura militar ao país. “Temos que repudiar essa história de resgatar a ditadura militar. Esses jovens saudosistas são ‘pau mandado’ de reacionários que desejam a volta da ditadura”.
Sobre o que classifica de arapongagem e intromissão clandestina de um país em outro, Francisco Gualberto afirmou que se trata de uma ação terrorista promovida pelos Estados Unidos. “Nós não podemos aceitar. O presidente dos EUA (Barack Obama) assumiu que investigou de forma clandestina a presidente da República (Dilma Rousseff)”, lembrou o deputado. Segundo ele, o interesse dos EUA é o petróleo descoberto no Brasil na camada de pré-sal. “Um valor incalculável”, alerta.
Francisco Gualberto lembrou também que os americanos já têm histórico de invasões desastrosas em países como Líbia e Iraque. “Combater o terrorismo é uma coisa. Mas invadir outro país e assassinar jovens, crianças, mulheres e seus líderes políticos também é terrorismo”, disse. “Portanto, se juntarmos as peças do quebra-cabeça, revendo as posições da Globo e da revista Veja, da atuação dos mascarados e black blocs, dos saudosistas da ditadura, da espionagem americana, vamos perceber que se trata de uma ação coordenada contra a democracia. É preciso ficar atentos a isso”.
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