A iniciativa da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) de implantar no Hospital da Polícia Militar (HPM) um centro de retaguarda para partos de baixa complexidade já começa a render bons frutos para rede estadual. Nesta quarta-feira, 8, a Unidade de Assistência Materno-infantil do HPM registrou o nascimento da primeira criança. Jenifer Nataly nasceu de parto cesariano por volta das 9h, com 3,704 kg de peso.
A implantação da unidade foi uma solução encontrada pela FHS para minimizar a concorrência por leitos obstétricos no estado, ocasionada pelo fechamento parcial de algumas maternidades que agora passam por obras de reforma e ampliação, a exemplo das maternidades de Nossa Senhora do Socorro e Glória.
"A nossa expectativa é que num curto espaço de tempo possamos aliviar o sistema e regularizar os fluxos de atendimentos em cada maternidade. A grande finalidade desta retaguarda é diminuir a sobrecarga das principais maternidades que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é a Nossa Senhora de Lourdes e a Santa Isabel", explica a diretora da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Carline Rabelo.
De acordo com ela, a expectativa da FHS é que a nova unidade realize uma média de 400 partos por mês. Para tal, estão sendo disponibilizados no HPM, 25 leitos para retaguarda da assistência materna. Deste total, cinco são destinados exclusivamente para procedimentos cirúrgicos, a exemplo de curetagens e abortamentos.
"Todas as pacientes atendidas aqui estão sendo encaminhadas pela rede, seja pela maternidade Nossa Senhora de Lurdes, ou reguladas pelo próprio Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]. O importante é destacar que agora todos os casos de parto simples serão referenciadas ou para o Santa Isabel, ou para nova unidade no HPM", explica.
MNSL
Outro grande benefício proporcionado pela implantação da nova unidade diz respeito à regularização do fluxo de atendimentos na MNSL. Atualmente, um dos problemas que mais preocupa equipes que atuam na maternidade está na sobrecarga gerada pela demanda espontânea. Ou seja, na grande procura da população por procedimentos obstétricos simples num centro destinado a cuidar dos casos mais complexos.
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes é responsável pelo atendimento de todas as gestantes do estado que estejam em situações como: doenças que necessitem de internação clínica; partos de gestantes com doenças descompensadas; ou curetagens em casos de abortamento complicado.
"A procura espontânea por atendimento na MNSL acaba gerando uma sobrecarga que não deveria existir, haja vista se tratar de uma maternidade para casos de alto risco. Por tratar-se da única maternidade para atendimento das gestantes com este perfil no estado, torna-se impossível a assistência de gestantes com partos simples, pois coloca em risco o atendimento de qualidade das gestantes patológicas", conclui Carline.
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