Dois pecuaristas sergipanos estão sendo processados criminalmente pelo Ministério Público Federal (MPF) por descumprirem uma norma do Ministério da Agricultura. De acordo com a determinação, os criadores não podem utilizar subprodutos de origem animal na alimentação do gado, a fim de evitar o aparecimento e a disseminação da doença conhecida como mal da vaca louca.
A Superintendência Federal de Agricultura em Sergipe identificou e informou ao MPF que duas fazendas, uma em Maruim e outra em Divina Pastora, utilizavam cama de aviário na alimentação de seus rebanhos. Esse material é utilizado como forro de piso em criação de aves e é normalmente composto por palha de arroz, feno de capim, sabugo de milho e serragem. Alguns criadores de gado utilizam esse material como alimentação para o rebanho por ser mais barato que as rações comuns. Acontece que esse material, após utilizado nos aviários, é contaminado com fezes e urina dos animais.
O procurador Eduardo Pelella, que assina as ações, propôs que os pecuaristas recebam penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, por se tratar de crime com menor potencial lesivo.
Doença – A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como mal da vaca louca, é uma enfermidade que atinge o sistema nervoso central principalmente dos bovinos. A transmissão para humanos é possível através da ingestão de alimentos preparados com animais infectados. A doença geralmente leva a óbito humanos e animais infectados.
Fonte: MPF/SE
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