O deputado estadual e ex-secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho (PT), voltou a cobrar dos deputados da oposição mais objetividade e, sobretudo, a apresentação de um projeto político no embate em torno da saúde pública em Sergipe. Para ele, as declarações levadas à tribuna pelos parlamentares oposicionistas apenas reforçam a postura desesperada de quem foi governo por três mandatos, mas que nunca apresentou projeto algum para melhorar a situação da saúde pública no estado.
Segundo Rogério, em pronunciamento feito na manhã desta terça-feira, 25, esta notável falta de projetos para administrar a saúde pública em Sergipe tem levado tais deputados, entre eles o líder e o vice-líder da oposição, a adotarem uma atitude destruidora que, longe de reconhecer as mudanças em curso na gestão do Sistema único de Saúde (SUS), denigrem a imagem de instituições e hospitais filantrópicos que possuem uma história de assistência e prestação de serviços junto à população mais carente de Sergipe.
“A disputa ideológica ganha contornos destrutivos quando não se há projetos políticos em debate. É produzida uma loucura que leva esses políticos a quererem destruir a história de estabelecimentos que durante décadas têm sido de extrema relevância para saúde pública em nosso estado, como é o caso do Hospital Cirurgia”, avaliou Rogério.
Segundo ele, a tentativa de destruir a imagem dos hospitais filantrópicos de Sergipe, dos quais também estão inseridos o Santa Isabel e o São José, está ligada ao fato destes estabelecimentos não servirem aos interesses mesquinhos de certos grupos políticos. “Por todo histórico de dificuldades porque já passou o hospital Cirurgia e levando-se em conta a credibilidade da instituição dentro da Saúde Pública de Sergipe, o Cirurgia era para ser abraçado e defendido com todo ardor. Mas não, o que a oposição quer é denegrir a imagem do hospital”, acusou Rogério.
Investimentos em Hospitais
Ainda de acordo com o deputado petista, o desespero dos parlamentares da base oposicionista deve-se ao conjunto da obra que vem sendo executada em Sergipe para reestruturar o SUS no estado. Ao todo, estão sendo investidos cerca de R$ 70 milhões para construir 102 Clínicas de Saúde da Família e mais R$ 140 milhões para recuperar toda a rede hospitalar de Sergipe, com a construção de dois novos Hospitais Regionais (Estância e Lagarto) e mais a reforma, ampliação e adequação de outros 15 pelo interior.
“Está claro que um volume de investimento como este, apenas na área da saúde, está os deixando desesperados. Tiveram três mandatos e não fizeram metade do que estamos fazendo em um. Não construíram nenhuma clínica. Os hospitais do interior eles fecharam todos em 2003 e reabriram em 2006 entregando a gestão a três empresas privadas. Uma delas ganhava cerca de R$ 300 mil mensais para fazer apenas a folha de pagamento do Huse”, recordou Rogério.
Quanto aos hospitais filantrópicos, Rogério lembrou que a ineficiência do Estado na gestão do ex-governador João Alves Filho, entre 2002 e 2006, foi tão grande com a saúde que foi necessária à Prefeitura de Aracaju, esta sob administração de Marcelo Déda, conformar uma rede de serviços hospitalares aplicando recursos nos Hospitais Beneficentes de Aracaju. “Com o Hospital Horizontal, passamos a injetar recursos nos hospitais Cirurgia, Santa Isabel e São José, ajudando-os a se reerguerem, à medida em que se consolidavam como centros de referência por toda cidade. Hoje, já são responsáveis por quase 90% de toda demanda do SUS”.
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