segunda-feira, 21 de outubro de 2013

JACKSON RECEBE PREFEITO, VEREADORES E LIDERANÇAS DO MUNICÍPIO DE CAPELA.

No final da manhã desta segunda-feira, 21, o governador em exercício, Jackson Barreto, recebeu em audiência o prefeito do município de Capela, Ezequiel Ferreira Neto, vereadores do município, parlamentares estaduais e federais, ex-prefeitos e ex-vereadores, além de representantes de diversos movimentos sociais. O objetivo do encontro foi promover esclarecimentos sobre as propostas de implantação do projeto Carnalita e a temática correlacionada às discussões territoriais entre os municípios que sediam a operação que, pela descrição preliminar, Capela detém grande parte da jazida e, mediante critérios técnicos, Japaratuba seria a sede da respectiva usina do projeto.

Para o governador, é importante esclarecer que os critérios utilizados pela Vale para definir a sua estratégia de exploração e a instalação das respectivas plantas de produção obedecem aos estudos e análises técnicas da empresa, não tendo qualquer tipo de interferência política.

“Quando eu assumi interinamente a administração estadual, em 27 de maio do corrente ano, em função do afastamento para tratamento de saúde do nosso governador Marcelo Déda, esta decisão já havia sido tomada tecnicamente pela empresa. No caso, a decisão definiu o município de Japaratuba para implantação da usina”, explicou Jackson Barreto.

“Deixei bem claro que não sou contra Capela, nem contra Japaratuba. O governador age em favor de todos os municípios sergipanos. As pessoas precisam compreender que a Vale é uma empresa privada e, portanto, não recebe qualquer tipo de influência do governador nas suas decisões de ordem técnica. A Vale não consulta o governador para definir suas estratégias”, afirmou o governador em exercício, em resposta às reclamações dos representantes de Capela de que grande parte da mina estaria em seu município, e o beneficiamento do minério seria feito na usina em Japaratuba, gerando uma diferença na arrecadação de impostos e royalties.

O governador afirmou que este risco não existe, já que se trabalham mecanismos fiscais para equilibrar essa relação, o que foi detalhado didaticamente pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, José Macedo Sobral, e pelo subsecretário de Desenvolvimento Energético, José de Oliveira Júnior, durante o encontro.

“Evidente que todo mundo fica preocupado ao saber que o projeto implantado em Japaratuba passa a produzir maiores benefícios em algumas iniciativas. Essa é uma questão que não passa pelo Governo do Estado. Eu tenho que defender o estado de Sergipe e quero que o projeto Carnalita seja implantado, pois, quando isso ocorrer, os jovens de Capela, os jovens de Japaratuba e de toda a região poderão ter a perspectiva de um bom emprego que beneficie a sua qualidade de vida. Deixei clara a importância da geração de 4 mil empregos diretos e dos cerca de 10 mil indiretos a partir desse projeto”, evidenciou o governador.

Reflexos do Investimento

Segundo Jackson Barreto, a partir do investimento de US$ 2 bilhões naquela região, serão geradas inúmeras oportunidade de emprego e melhoria da qualidade de vida da população para toda a região Norte do estado, estendendo-se até o baixo São Francisco, que é a região mais pobre do estado.

“Sem dúvida alguma, os jovens desta região terão oportunidades de vir a Capela e Japaratuba buscar um emprego para a construção de uma vida melhor. Por isso tenho aconselhado sempre aos jovens a estudar, buscando aperfeiçoar sua qualificação, a exemplo da oportunidade que vamos oferecer com a escola profissionalizante em Petróleo e Gás, em Carmópolis”, lembrou o governador em exercício, referindo-se a esta iniciativa do Governo do Estado.

“Vou enfatizar novamente, deixando claro que o governador em exercício Jackson Barreto não assumiu, nem poderia assumir nenhuma bandeira contra Capela, nem assumirá bandeira contra qualquer município. Estou aqui para defender a implantação desse empreendimento, trazendo empregos e ajudando a melhorar a qualidade de vida do nosso povo, ampliando as perspectivas para o futuro do nosso estado”, destacou Jackson Barreto.

Ainda de acordo com o governador, o presidente da Vale ficou de discutir com o prefeito de Capela, esclarecendo-o e expondo todas as questões técnicas que embasam as decisões da empresa. “O presidente da empresa, quando esteve no meu gabinete, declarou essa intenção em sentar com os prefeitos envolvidos para sanar possíveis dúvidas, deixando-os vislumbrar de forma concreta os benefícios que um investimento desse porte vai promover na reunião”, completou Jackson Barreto.

Ação Tranquilizadora

De acordo com o prefeito Ezequiel Ferreira, tanto os representantes da prefeitura, quanto os parlamentares saíram mais tranquilos após esta conversa com o governador. “Viemos aqui como capelenses, num movimento apartidário, lutar pela Carnalita. Todos sabem que 80% do minério está em Capela e a usina deveria, por este motivo, estar em nosso município. Nós viemos pedir ao governador que nos ajudasse nesse sentido, e ele, como administrador do estado, nos mostrou que não pode tomar parte nessa disputa, já que todos os municípios estão em Sergipe e não há questões políticas envolvidas neste tema. Ficamos muito satisfeitos com esta postura e, a partir de agora, vamos verificar com o pessoal da Vale quais os impedimentos para a instalação da usina em nosso município, já que, no caso, a diferença territorial que poderia ser revertida a nosso favor é de apenas cinco metros”, argumentou o prefeito, mencionando os limites territoriais envolvidos na questão.

“Queremos que os técnicos da Vale, juntamente com os técnicos independentes que estamos contratando nos esclareçam a real situação, eliminando todas as dúvidas. Nós temos esperança que esse projeto venha a amenizar o sofrimento do povo pobre da Capela, já que 64% da nossa população está na linha de pobreza e necessita de recursos da prefeitura para sobreviver. Nós temos a maior população da região, 33 mil habitantes, e temos uma situação precária já que recebemos menos royalties que diversos municípios vizinhos, com menor população”, complementou Ezequiel Ferreira.

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