terça-feira, 25 de maio de 2010

AUGUSTO BEZERRA: "IDOSA PASSA 12 DIAS INTERNADA COM PERNA FRATURADA E MORRE NO JOÃO ALVES".

Foto: Maria Odília

Na manhã desta terça-feira, 25, em entrevista ao apresentador do Jornal Manhã da Ilha, Gilmar Carvalho, o deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) afirmou que antes da sessão de hoje, deve ir até o Ministério Público apresentar o Boletim de Ocorrência registrado na delegacia metropolitana, pela sobrinha da idosa que veio a óbito no Hospital João Alves, onde deu entrada no dia 13 de maio e 12 dias depois, ainda não havia sido operada da perna direita, que estava fraturada.

“Hoje de manhã, antes de ir à Assembleia Legislativa, passarei no Ministério Público e levarei à Dr.ª Euza Missano, o Boletim de Ocorrência e mostrar a necessidade de se tomar uma decisão definitiva e não adianta dizer que a oposição comemora, a gente quer é a solução. Nem eu nem ninguém pode dizer se o prontuário estava correto, mas a questão é que a idosa deu entrada no dia 13 deste mês e morreu dia 24 de maio, ou seja, 11 dias depois, sem ter feito a operação, o que não se justifica, e isso é comum no Hospital João Alves, infelizmente”, indignou-se o deputado.

Segundo o que foi divulgado pela imprensa local, NE que Maria Oliveira era natural de Santa Luzia do Itanhy e foi internada após fraturar a perna direita e encaminhada para o hospital onde estava sendo clinicada e se recuperando. Consta no boletim de ocorrência que, no momento da administração de um medicamento, Maria Rodrigues começou a passar mal e sentir muita dor. Mesmo assim, segundo a sobrinha, o medicamento continuou a ser administrado. Ainda segundo a sobrinha, poucos minutos depois, ela foi informada que a tia havia morrido.

“A questão de ortopedia no Hospital João Alves tem registrado óbitos de pacientes um atrás do outro, como gente que vai se operar do joelho, que é uma coisa simples, e eu sei que o fêmur de uma pessoa idosa é uma coisa delicada, mas conheço centenas de pessoas que tiveram o mesmo tipo de fratura e saíram bem do hospital, mas não se pode esperar 11 dias sem operar. Quem avisou a família, sobre o óbito da senhora, após uma hora, foi o segurança, não veio uma médica, uma auxiliar de enfermagem , uma enfermeira, mas o Governo fez um contrato com a Sarcel, no valor de R$ 800 mil, para encher o Hospital de seguranças,quando precisa de médicos, anestesistas e remédios para fazer as operações”,questionou Augusto.

Durante a entrevista, o democrata pontuou questões tratadas por ele em parceria com o Ministério Público, que a partir de suas denúncias, passou a realizar a escala médica do Hospital João Alves Filho e esclarece que ninguém comemora a morte de alguém, pelo contrário lamenta a perda, principalmente, causada pela falta de um Planejamento para a Saúde do Estado.

“Nada justifica que uma pessoa que está conversando normalmente passe onze dias para fazer uma operação. Depois que eu fiz a denúncia da contratação do Buffet por R$ 800 mil, tenho recebido denúncias de que o hospital João Alves não serve nem um copo de café a um acompanhante, que tem que comprar comida na porta do hospital. A direção do João Alves e da Fundação perderam a capacidade de gerir o Hospital, tanto que quem está fazendo a escala é o Ministério Público. Nem a oposição nem a população de Sergipe têm o que comemorar, só lamentar, agora, não podemos ficar omissos e na manhã de hoje, vamos até o Ministério Público, onde os três promotores estão trabalhando para solucionar o problema do Hospital João Alves”,disse.

Para concluir a sua participação, o deputado desabafou e enumerou uma série de problemas que vêm ocorrendo na Saúde pública do estado,o que acaba atingindo as pessoas mais humildes que não têm outras opções.

“A situação do João Alves não pode continuar, é troca de medicamento, é troca de cadáver, e no caso da idosa Maria Oliveira, que morreu ontem (24), um parente foi preso numa sala, com uma assistente social, perguntando se queria doar os órgãos da senhora, quando, na verdade, a pessoa está desesperada pela perda do ente querido, e é o que consta no Boletim de Ocorrência que relatarei à Dr. Euza Missano”, finalizou.

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