Em pronunciamento durante a sessão desta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa, o deputado líder do governo, Francisco Gualberto (PT), disse que os discursos da oposição estão ficando ‘azedados’ de tão repetidos. Para ele, a oposição não tem mais o que falar e por isso se contradiz a todo instante. “São discursos requentados, azedos, que não servem para a sociedade”, disse Gualberto, fazendo uma analogia com o ato de requentar diariamente uma panela de feijão. “Acaba azedando”. Como exemplo, ele citou a história do contrato do Ceac-Móvel, muitas vezes criticado pela oposição, mas devidamente esclarecido pelo governo. No entanto, o próprio deputado Augusto Bezerra (DEM) que tanto reclama do valor do contrato, cerca de R$ 270 mil mensais, acabou confessando na tribuna sua insatisfação com o governo justamente porque um amigo seu não foi o vencedor da licitação. “O deputado não assume que quer defender o empresário e vem aqui fazer discurso requentado”, argumentou Gualberto. Segundo ele, Bezerra confessou ser amigo do empresário da Itapé Turismo, empresa de ônibus, que havia concorrido apresentando o preço mais baixo para os serviços do Ceac-Móvel, porém sem garantir ao governo muitas das exigências do edital. Francisco Gualberto também se referiu ao deputado Venâncio Fonseca (PP), que mais uma vez tentou intimidar a colega Ana Lúcia (PT), fazendo duras criticas à atuação política do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintese). “Mas a população sabe que Venâncio não está preocupado com os professores nem muito menos com o piso salarial da categoria. Aliás, na história do piso, ele era o sapato de bico fino. Daqueles que machucam bem”, respondeu o petista, referindo-se ao período em que o opositor foi governo e ‘humilhou’ os trabalhadores. O líder do governo disse ainda que o propósito de Venâncio é simplesmente fomentar intrigas entre os sindicalistas e o governo. “Mas o Sintese tem postura própria e é muito bem dirigido. Portanto, o Sintese é uma entidade classista feita para fazer política mesmo. Uma política para os trabalhadores sergipanos, e não somente para os professores”, defendeu Gualberto, dizendo que de tanto “requentar o feijão, um dia Venâncio esquece de botar água e deixar queimar o alimento”.
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