terça-feira, 10 de maio de 2011

"SMTT LAVOU AS MÃOS PARA O TRÂNSITO DE ARACAJU", CONDENA AUGUSTO BEZERRA.

O vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), ocupou a tribuna, na manhã de hoje (10), para cobrar mais ação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju, no sentido de desenvolver uma política educacional permanente para conscientizar os condutores sobre a responsabilidade que eles precisam ter ao conduzirem seus veículos nas ruas e avenidas da capital.

Segundo o democrata, a SMTT teria “lavado as mãos” para o trânsito da capital após a retirada dos pardais e dos fotossensores. “Graças à intervenção do Tribunal de Contas, nossa cidade hoje não tem mais aqueles pardais que lesavam o bolso dos nossos trabalhadores. O interessante é que o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), ao invés de suspender os contratos com as empresas Koop e Splice, preferiu cortar em definitivo. Antes que aconteça eu já faço um alerta: a prefeitura vai pagar multas altíssimas às duas empresas”.

Em seguida, Augusto Bezerra direcionou suas críticas para a SMTT. “A prefeitura de Aracaju, através da SMTT, deveria parar de torcer para que mais acidentes aconteçam nas ruas e avenidas da capital e deveria investir mais recursos em políticas educacionais do trânsito. Agora é momento de se pintar todas as faixas de pedestres, de sinalizar toda a cidade com placas sobre o limite máximo da velocidade das vias. Você viaja para algumas cidades e sente a educação do trânsito. Quero parabenizar o conselheiro Clóvis Barbosa pela isenção ao julgar os contratos do Estado com as empresas Splice e Koop”, completou.

Em aparte, a deputada Goretti Reis (DEM) disse que “acho interessante a sua cobrança por uma maior atuação da SMTT sobre a educação do trânsito de Aracaju. Muitas cidades de outros Estados têm um processo educativo do trânsito muito avançado. A gente vê placas e faixas por todos os lados. Aqui parece que Aracaju não tem mais SMTT. É preciso intensificar as campanhas educativas em busca do trânsito tranqüilo. Hoje o trânsito da nossa capital flui mais rápido, mas é preciso ter uma maior preocupação com as colisões, com alguns abusos que precisam ser fiscalizados”.

Também em aparte, o deputado Venâncio Fonseca (PP) disse que “o governo anunciou essa semana que ia cancelar as multas. Correto, mas o que vai acontecer com os administradores que contrataram essas empresas. Eu desafio me apresentarem um estudo técnico provando a necessidade daqueles pardais do Estado. Tem que apresentar os dados que provam todos aqueles acidentes na região dos pardais. Colocaram os fotossensores para arrecadar, para alimentar a indústria das multas. Como é que um contrato de emergência é assinado em julho e só funciona em novembro? Que emergência é essa? Como é que o contrato termina em fevereiro e o governo cancela em março? Fizeram tudo errado e o caráter de emergência é de seis meses e não de oito meses”.

Vigilantes – Augusto Bezerra destacou também o café da manhã promovido pelo Sintrase (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe) e cobrou o pagamento de horas extras e outras gratificações dos vigilantes que trabalham na Secretaria de Educação. “Um vigilante ali tem seu contracheque e no final do mês só ganha R$ 400. Ele sequer fez algum treinamento para ser vigilante. Não vou nem falar das escolas públicas, onde muitas sequer estão prontas e o ano letivo ainda não foi iniciado”.

Além disso, o democrata lembrou-se de denúncias feitas pelo programa Fantástico, exibido nacionalmente pela Rede Globo, no último domingo (8). “Aquilo, infelizmente, acontece no Brasil inteiro. Aquilo acontece em Sergipe. O escândalo da merenda escolar existe no nosso Estado. O Sintese, que tem fiscalizado várias prefeituras de Sergipe, deveria fiscalizar também a merenda escolar”.

Ônibus – Por fim, Augusto Bezerra lembrou do ônibus do Ceac, que o Estado paga um aluguel mensal de R$ 272 mil. “O governo silenciou, mas o contrato continua em vigor. No Ceac a pessoa gasta R$ 3,5 para tirar um CPF; no ônibus, a pessoa acaba pagando R$ 70”.

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