A presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Angélica Guimarães, lamentou as declarações feitas pelo presidente da Câmara Municipal de Japoatã, Zé Martins, que em entrevista concedida à Mega FM, em Aracaju, disse que um ônibus contratado pela prefeitura do município transporta servidores de Japoatã ao legislativo estadual. Angélica negou a denúncia.
Zé Martins, destacou a parlamentar, disse na entrevista que os vereadores estão sem receber os salários porque a Justiça bloqueou as contas do município, o que ocasionou a falta de repasse à Câmara. Angélica disse que as contas foram bloqueadas em função de um precatório do TRT. “Ele sabe que o município tenta resolver. E disse não sabia quando seria repassado, mas o assessor dele sabia que o repasse iria hoje. E o repasse foi feito hoje”, observou a deputada.
A presidente da Assembleia disse que pela primeira vez estava levando à tribuna da Casa um assunto que se referia ao seu município, uma 'questiúncula local'. “O presidente da Câmara me citou”, lembrou a deputada, destacando o fato de ser presidente da Assembleia e não responder pelos atos do município. “Cada um é responsável pelo pelos seus atos. Os efetivos e nem os professores estão com salários atrasados, só os cargos em comissão”, destacou.
Em seu discurso a deputada tratou ainda de uma segunda denúncia feita pelo vereador. “Mas o que mais chamou a atenção na entrevista concedida pelo vereador foi a afirmação feita por ele que em Japoatã tem um ônibus pago pela prefeitura que todos os dias vai para Aracaju levar trabalhadores. Ele diz que são funcionários da Assembleia Legislativa”. Angélica negou de forma veemente a denúncia e pediu explicações.
“Ele já foi meu aliado, mas não tem o direito de denegrir minha imagem. Desafio ele a apresentar a placa do ônibus. Quero o nome das pessoas que trabalham na Assembleia, desconheço esse ônibus pago pela prefeitura. Ele deve apresentar os nomes dos servidores que trabalham”, disse, lamentando a postura do vereador. “Quem muda de lado não pode perder a integridade e mudar o discurso. Não aceito inverdades. Desde 1999, são catorze anos, e nunca trouxe assuntos locais , mas a denúncia interfere no meu mandato e sou presidente da Assembleia”.
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