Aracaju é a 5ª cidade do Nordeste brasileiro com melhores condições de saneamento básico. É o que aponta o Novo Ranking do Instituto Trata Brasil, divulgado no dia 16 deste mês, com apresentação dos avanços e desafios para a universalização do setor nas 100 maiores cidades brasileiras. Os principais indicadores que colocam a capital sergipana em posição de destaque na região são os investimentos nos serviços e os índices de cobertura total de água operada pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), e que segundo o levantamento, contemplam 98,96% da população. A média nacional de é 81%.
No Nordeste, estão à frente da capital sergipana as cidades de Campina Grande (PB), em primeiro lugar, seguida de Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Vitória da Conquista (BA). Logo após aparece Aracaju (SE), com a quinta posição, acompanhada de Caruaru (PE), João Pessoa (PB), Caucaia (CE), Petrolina (PE) e Recife (PE). Essas cidades compõem o quadro das dez melhores cidades da região nordestina, com índices mais positivos.
O estudo mostra a situação do saneamento básico nas maiores cidades do Brasil, com
mais de 250 mil habitantes. E para atribuir notas aos serviços prestados pelas operadoras de saneamento nos locais pesquisados, o levantamento gerou uma escala de 0 a 1 para o nível de atendimento de água, o qual a Deso se aproximou do maior índice com 0,99, enquanto no indicador de investimentos a empresa recebeu máxima (1).
A partir da análise técnica dos dados consolidados e considerando o ranking nacional das capitais, Aracaju ocupa a 13ª posição com a melhor prestação de serviços em saneamento básico. Já na lista geral das 100 maiores cidades pesquisadas, Aracaju foi apontada como a 56ª e desatacada no país como uma das 20 melhores em avanço dos investimentos. Segundo o Trata Brasil, um total de R$ 155 milhões foram investidos em melhoria e ampliação das redes de abastecimento de água, além de coleta e tratamento de esgoto.
Motivos como esse colocara a capital sergipana como a 11ª cidade do país que mais conseguiu crescer em receita transformada em benefícios para população. Apenas na nota aplicada a cobertura de esgoto, em uma avaliação que vai de 0 a 2,5, o atendimento em Aracaju obteve nota inferior (0,84). Isso em 2010, como apontou o estudo, mas na prática a tendência é que os números só melhorem na próxima edição da pesquisa, já que são aguardados os resultados do conjunto de obras executadas, nos últimos anos, pelo Governo do Estado e Governo Federal, em parceria com a Deso.
Prioridade
Não só em Aracaju, como no interior sergipano, a universalização do sanamento básico tem se tornado prioridade em Sergipe. “Em esgotamento sanitário, por exemplo, a Deso vai deixar de operar uma cobertura de 33,61% na Grande Aracaju, para atender mais de 80% de toda região metropolitana até dezembro de 2013”, informou o diretor-presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe, Antônio Sérgio Ferrari Vargas, revelando que a empresa também tem garantido mais cidadania, levando mais água potável para comunidades que antes não tinham acesso às redes de abastecimento.
Desde o início do mês, a Deso começou a implantar 48,41 novos quilômetros de rede de distribuição de água na capital e cidades metropolitanas. Esse trabalho é desenvolvido com recursos próprios da empresa, na ordem de R$ 1,4 milhão. Sobre o levantamento, Ferrari destacou ainda que o ranking é constituído por todos os tipos de operadoras de saneamento básico, a exemplo de municipais, privadas e empresas de economia mista. Neste último, a Deso aparece entre as 11 companhias citadas com melhor colocação.
A pesquisa
O Instituto Trata Brasil contou com a parceria da GO Associados – consultoria especializada em saneamento básico, para desenvolver uma metodologia com base nos indicadores do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, publicado pelo Ministério das Cidades (base 2010).
“Das 50 cidades que ocupam melhor colocação, 22 são de São Paulo, a maioria é da região Sul e Sudeste, notadamente com mais recurso que o nordeste, onde Aracaju tem lugar de destaque. Se for analisar a região Norte, não há nenhuma cidade a frente da capital sergipana. Então fazendo uma análise técnica do estudo, é possível perceber que Aracaju está em situação formidável e com tendência a melhorar”, comentou o diretor-presidente da Deso, Sérgio Ferrari.
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