quarta-feira, 21 de março de 2012

SAMARONE EXPÕE PLANO DIRETOR DE MOBILIDADE URBANA DE ARACAJU NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA.

A Assembleia Legislativa de Sergipe, atendendo a uma indicação da deputada estadual Ana Lúcia (PT), promoveu até o início da tarde desta terça-feira (20), durante o Grande Expediente da Sessão, uma audiência pública quando o superintendente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Antônio Samarone, apresentou aos deputados estaduais as primeiras medidas que estão sendo tomadas do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Aracaju (PDMU), fruto de estudos feitos pelo Instituto RuaViva, de Minas Gerais e que é especialista no assunto. Ao fazer sua exposição, Samarone agradeceu a compreensão da deputada Ana Lúcia por ter formulado o convite. “Hoje nós enfrentamos um problema, com a nossa qualidade de vida, que teremos grandes dificuldades. É um problema de 15 anos para cá e que hoje não afeta até as metrópoles. Itabaiana, Socorro e Estância têm problemas graves de trânsito também, embora de natureza diferente. Agora eu trago aqui as primeiras ideias de um plano diretor de mobilidade. Agora em janeiro foi aprovada uma lei federal 12.547 criando a política nacional de mobilidade, obrigando que todos os municípios com mais de 20 mil habitantes, no prazo de três anos, terão que ter seus planos próprios de mobilidade”. Em seguida, Samarone disse que no Estatuto das Cidades há uma referência para os municípios com mais de 500 mil habitantes. “Obriga as cidades a construírem um plano integrado de transporte. Nós pretendemos encaminhar esse Plano Diretor para a Câmara Municipal até outubro próximo. Algumas idéias estão em aberto porque não é uma mudança que eu faço sem o consentimento da população, mas de uma mudança que implica em um comportamento do cidadão. Se a sociedade não aceitar, não tem jeito! Se não mudarmos a compreensão que a calçada é nossa, nada disso acontece”. “Contratamos o Instituto Rua Viva por licitação. Transporte Público só é prioridade se a gente tiver uma faixa exclusiva. Ou a gente oferece a esse transporte fluidez, ou o cidadão não vai sair sem seu carro. Toda circulação viária da cidade (corredores e avenidas) tem que ficar definida no Plano Diretor. Aracaju está construída em uma concepção que não permite que, atualmente 250 mil veículos trafeguem com tranquilidade”, completou. Samarone ainda colocou que “temos um estudo onde a perspectiva é que nos próximos cinco anos, no mínimo, Aracaju tenha mais 120 mil veículos. O governo brasileiro fez um acordo com a industria automotiva internacional de duplicar a produção nacional. De 4,5 milhões/ano de veículos. Em quatro anos serão nove milhões. Se estou produzindo e dobrando a produção, eu vou vender. Não tem mágica! A curto prazo Aracaju não vai permitir circular caminhão na capital. Não é simpático, mas é assim nas grandes cidades. Há mais de 20 anos, no primeiro estudo de trânsito feito em Aracaju a principal sugestão foi construir vias para as carroças de burros. Aracaju comporta o tráfego de carroças hoje? É complicado, mas é preciso ter coragem para dizer isso”, disse, ressaltando que a proposta inicial é pela construção de oito corredores na capital.

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