O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (16), para repudiar o anúncio do governo do Estado de que não vai patrocinar os festejos juninos de Sergipe este ano. O parlamentar disse que o governador usa como desculpa a dor do sertanejo com a seca para não ajudar os prefeitos do interior. No discurso ele também defendeu que o governador se exonere do cargo de secretário adjunto de Saúde e que o anúncio do novo secretário se dê o quanto antes. Por fim, Venâncio ficou solidário com o também deputado Capitão Samuel (PSL).
Ao iniciar seu pronunciamento, Venâncio disse que “li as manchetes dos jornais e vi que o governo anunciou que não vai ajudar nos festejos juninos do interior por causa da seca. Que desculpa! O governo usa a dor do sertanejo como desculpa! Como bem diz o prefeito Sukita de Capela, isso não é desculpa, é falta de planejamento! Ele está chateado por sua cidade tem um dos festejos de São Pedro mais tradicionais do Estado. Será que é por causa da seca que não foi enviado para a AL o projeto de reajuste do funcionalismo ou a correção da inflação?”.
Em seguida, o líder da oposição continuou dizendo que o Estado não está quebrado financeiramente. “Depois das palestras aqui na Assembleia, semana passada, do representante do Sindat e do economista do Dieese, está claro que as finanças estão equilibradas. Será que o governo da mudança vai conseguir acabar com a nossa tradição que são os festejos juninos? Ou o governo quer encobrir uma responsabilidade que é dele? Em Estância, por exemplo, a Justiça proibiu a realização de uma festa por falta de segurança”.
“No último final de semana, em Riachão do Dantas, em uma festa de Emancipação Política, dois foram assassinados, sendo um por arma de fogo e outro por arma branca, sem contar que três estão internados no hospital. E o governo não vai ajudar por que? Por que tem medo? E quanto as festas tradicionais que vêm por aí como as micaretas? Como será feita a segurança dos festejos juninos, em eventos com cerca de 10 mil pessoas? A nossa preocupação é grande”, completou o líder da oposição.
Aparte – Em aparte, o deputado Capitão Samuel lembrou que, no caso específico de Riachão do Dantas, o prefeito foi desautorizado pelo Ministério Público e mesmo assim o prefeito tocou a festa. “Ele (prefeito) tem que ser responsabilizado! Outra coisa que não podemos conceber é que com vários municípios decretando Estado de emergência, o prefeito ainda queria promover grandes festas. Quero ver a posição do Ministério Público agora”, cobrou Samuel, sendo elogiado por Venâncio.
Saúde – O líder da oposição destacou que a falta de macas no Hospital João Alves prejudica os serviços do Samu. “A Saúde chegou ao fundo do poço e isso não é mais novidade. O governador que tem demorado tanto para fazer essa reforma administrativa, eu apelo que ele tenha a Saúde como uma prioridade. Peço urgência e emergência para a escolha do novo secretário porque o povo sergipano não aguenta mais ver tanta gente morrendo”.
“Que Marcelo Déda venha a público e assuma: eu me nomeei secretário adjunto e a coisa ficou pior. O governador tem a caneta e a autoridade para se exonerar. Como governador, eleito pelo povo, nós temos que respeitar; agora como secretário de Saúde não demore mais um minuto. Governador eu apelo que não apele Antônio Carlos sem exonerar Vossa Excelência. Senão o caos vai persistir”, completou o deputado.
Solidariedade – Por fim Venâncio ficou solidário com o deputado Capitão Samuel sobre um ofício enviado pelo Comando da Polícia Militar para o Procurador-Geral de Justiça, Orlando Rochadel. “Samuel fez um discurso aqui na tribuna, relatando um fato, uma denúncia que nem dele era. E mesmo que fosse não daria em nada. Agora vejam que segurança teria um deputado estadual se toda vez que falasse, recebesse uma representação como essa? Isso aqui é o símbolo da incompetência! É o Comandante da PM não ter noção dos direitos que tem um parlamentar, onde na tribuna sua voz é inviolável! Se quer fazer isso com um deputado, imagine o que não seria capaz de fazer com um soldado? É ridículo!”.
“Se eu fosse Samuel eu faria um ofício e devolvia a representação dizendo que o ex-comandante, pelo amor de Deus, não ficasse expondo a corporação ao ridículo pela sua incompetência. Vem Samuel na tribuna e acontece isso; Raimundo Macedo faz um comentário na Aperipê e responde a uma sindicância. Estamos em uma ditadura é? Agora o profissional da comunicação vai ter que dizer o que o chefe quer? Isso é ridículo”, encerrou o líder da oposição.
Fonte: Alese
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