Durante debate na Assembleia Legislativa sobre as finanças do Estado, o deputado Francisco Gualberto (PT), líder do governo, disse que nos últimos quatro anos a folha de pagamento do governo estadual cresceu 192%. Nesse mesmo período, o acúmulo dos índices de inflação ficou em torno de 24%. “De 2007 até 2011, a folha de pagamento teve esse crescimento significativo, o que representa ganho real de salário para diversas categorias”, afirmou.
Diante do economista e coordenador do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luiz Moura, e do dirigente do Sindicato dos Auditores Tributários do Estado de Sergipe (Sindat), Marcos Corrêa Lima, que participaram do debate, Gualberto apresentou vários exemplos do crescimento das despesas do atual governo. “Ninguém está dizendo que o governo está quebrado. Mas é notório que estamos trabalhando com as finanças no seu limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal”, frisou o líder.
Gualberto também rebateu as criticas da oposição em relação aos salários de secretários de Estado, presidentes e diretores de empresas, além dos demais cargos comissionados da administração estadual. “Em 2006, no governo passado, esse gasto com comissionados representava 2,1% do total da folha do Estado. No nosso governo esse índice caiu para 0,96%. Ou seja, diminuímos em mais da metade os gastos com cargos em comissão no Estado”, disse,
Sobre a análise das finanças do Estado apresentada no plenário por Luiz Moura e Marcos Lima, o deputado Gualberto salientou que trata-se de um estudo que pode não representar a realidade. Isso porque os números relativos às despesas do governo não podem ser confirmados pelos debatedores. “O Estado não é um cofre onde só entra dinheiro. Tem que levar em consideração também o que sai. Portanto, uma análise somente do que o Estado arrecada não pode ter um resultado final concreto”.
Além do crescimento vegetativo da folha de pagamento dos servidores – incluindo as reposições salariais e os reajustes dos últimos quatro anos -, Francisco Gualberto mostrou também que no ano passado o governo foi obrigado a gastar R$ 300 milhões com o pagamento de inativos e dos poderes. Para 2012, a previsão é que se gaste algo em torno de R$ 500 milhões com inativos. Por outro lado, a arrecadação com ICMS cresceu 20% no último ano, enquanto que o FPE (Fundo de Participação dos Estados) cresceu 8%.
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