O deputado estadual Antônio dos Santos (PSC) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para questionar a incompatibilidade dos salários dos médicos peritos, por exemplo, com os rendimentos dos profissionais que vão aderir ao programa Mais Médicos, que segundo o editar estabelece um rendimento de R$ 10 mil para cada médico. O parlamentar disse que foi procurado por uma comissão de peritos criminalistas questionando o edital do concurso do IML (Instituto Médico Legal) que acabou de ser publicado.
“O governo federal lançou esse programa Mais Médicos pagando R$ 10 mil de salário, mais instalação (moradia) e auxílio alimentação para os médicos que aderirem a proposta. Agora neste concurso do IML a média de salário do médico perito é de R$ 4 mil. Não tenho nada contra a profissão, mas um agente de polícia chegar a ganhar mais que um médico! Um profissional que passa seis anos em uma universidade, que passa dois ou três fazendo residência médica e que muitas vezes ainda busca uma especialização”, comentou o deputado.
Em seguida, Antônio dos Santos questionou: “e qual estímulo vai ter um profissional desses? Estamos falando de um trabalho que existe bastante predisposição. Eu mesmo não queria tratar com defuntos. E na hora da recompensa vem esse salário? Não é justo! Vejam quanto ganha um promotor de Justiça no início de carreira? É um bom salário! Antes os salários se equivaliam. Hoje um defensor público ganha em torno de R$ 12 mil e um médico perito segue com os mesmos R$ 4 mil. Esse tratamento diferenciado é que não vamos aceitar”.
Por fim, Antônio dos Santos disse que não é necessário o País importar médicos. “Temos médicos sim! Sergipe, por exemplo, forma a cada ano, 80 novos médicos. O problema está claro: o salário não é atrativo. Eu defendo que os gestores públicos não deveriam ter milites de gastos para a Saúde, pois a nossa vida é o nosso maior patrimônio”. Os deputados Augusto Bezerra (DEM) e Maria Mendonça (PSB) apartearam e se somaram ao discurso do Pastor Antônio.
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