Até o final de fevereiro, médicos e enfermeiros da Saúde de Aracaju participarão de curso intensivo sobre Dengue e Gripe Influenza. Ministrado pela Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde, cada encontro tem o objetivo de passar para os profissionais da Rede todos os detalhes apontados pelo Ministério da Saúde (MS) para 2014 no tocante às duas doenças. Durante o curso, os participantes aprendem como baixar o aplicativo para celular chamado UNA-Dengue, que facilita o manuseio de informações e até sugere de forma pessoal o tratamento para os pacientes.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, no caso da Dengue, o MS especificou novidades para 2014 no tocante à definição de suspeita da doença. “O MS explicou que deveremos trabalhar com as classificações: Dengue sem sinal de alarme, Dengue com sinal de alarme e Dengue grave. De acordo com as novas normas, caso a pessoa viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo casos de Dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti e que apresente febre, usualmente entre dois e sete dias, e apresente duas ou mais manifestações: náuseas, vômitos, mialgia, artralgia, cefaleia e febre pode se suspeitar de ter contraído a doença”, informou Taíse.
A infectologista Fabrízia Dias lembrou aos participantes que a Dengue é uma doença séria e que o especialista ao averiguar um caso de suspeita leve em consideração detalhes sobre a moradia do paciente e o nível da doença na região, para que a suspeita seja tratada como tal e avaliada com a finalidade de se esclarecer a dúvida quanto à dengue. “Deveremos acompanhar os pacientes diariamente e constantemente. Não podemos deixar repetir a epidemia que tivemos em 2008. Todos os erros de conduta daquela época serviram para nos deixar atentos e conseguirmos uma diminuição dos casos.”, disse.
Influenza
Segundo a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose de Aracaju, Tânia Santos, que vem ministrando palestra sobre a Influenza durante o curso, é preciso que os médicos e os enfermeiros fiquem atentos as diferenças entre a Dengue e a gripe Influenza. “Estamos sempre focando na precocidade do diagnóstico. Pretendemos alertar para uma situação de sintomas gripais que vão se diferenciar da Dengue. Em caso de tossi, coriza e obstrução nasal é acertado apostar num caso de Influenza, porém em todos os casos os pacientes deverão ser submetidos à exames para a constatação da doença”, frisou.
De acordo com avaliação do médico Rubens Carvalho, atualizar os conhecimentos é sempre uma atividade válida para o cotidiano do trabalho. “O fluxo de informação que o Ministério da Saúde repassa é imenso e constante, então é válido enaltecer essa política de atualização permanente que a Secretaria da Saúde de Aracaju vem realizando através desses cursos e palestras. Sobre a Influenza já havíamos recebido recentemente alguns dados, porém as novidades no caso da Dengue são importantes para nossas iniciativas com os pacientes”, enfatizou.
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