Candidato a senador defende o fim do financiamento de empresas a campanhas eleitorais
Em Sergipe, a campanha dos cinco candidatos ao Senado está estimada em R$ 14.230.000,00. Esse montante se concentra nas candidaturas de Maria do Carmo (DEM) e Rogério carvalho (PT), que gastarão R$ 6 milhões e R$ 8 milhões respectivamente, conforme declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para Leandro, candidato ao Senado pelo PSTU, esses números levantam o debate sobre o peso que os empresários têm na disputa eleitoral e como é prejudicial o financiamento de empresas privadas a campanhas.
“Sabemos quem paga a banda escolhe a música. Portanto, aqueles que injetam vultosas quantias nas campanhas eleitorais o fazem esperando um retorno muito lucrativo depois de eleito o parlamentar no qual investiu”, disse o candidato.
Leandro, que é trabalhador da Petrobrás, contabiliza que os empresários são a maioria dos candidatos conforme levantamento de registro no portal do TSE. Porém, o controle do empresariado sobre as eleições não se daria somente por aí. Os empresários também financiam os candidatos que não são diretamente empresários, mas que defendem um programa e propostas que atenda a seus interesses como classe patronal.
A campanha eleitoral para o Senado em nível nacional deverá custar mais de R$ 1 bilhão, segundo as estimativas de despesas entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral. É uma campanha superior aos 11 candidatos a Presidência, que pretendem gastar segundo declarado, R$ 916 milhões.
O petroleiro reclama que falta para o eleitor transparência de quem financiará vultosas quantias. “Todos podem ver na declaração dos diretórios nacionais, publicado pelo jornal O Globo, que nas eleições de 2012 a Construtora Andrade e Gutierrez, a Camargo Correa, Queiroz Galvão, e a OAS (ex Odebrecht), doaram mais de R$ 204 milhões para diretórios e comitês de partidos. Sendo R$ 61,3 milhões para o PT, R$ 41 milhões para o PMDB e R$ 31,6 milhões para o PSDB. A indústria de alimentos JBS Friboi doou R$ 6,2 milhões para o PSDB, R$ 4,4 milhões para o PMDB e R$ 3,5 milhões para o diretório nacional do PT. E várias outras empresas privadas como bancos”, informa Leandro.
Ficaria claro, portanto, que muito pouco do financiamento desses partidos vem de doação de pessoas físicas. “Esse ciclo-vicioso tem que ter um ponto final, os ventos das mudanças devem varrer essa prática. Pra começar é preciso divulgar amplamente aos eleitores quanto gastarão os candidatos e de onde vem o dinheiro. Essa é a informação que desafio aos demais candidatos tornar transparente”, propõe.
Manifestações - O desejo de mudança também levou vários movimentos sociais a questionarem os gastos excessivos do dinheiro público nas obras da Copa para atingir o chamado “padrão Fifa” que só beneficiou empresários. Esse questionamento sobre o que os políticos de Brasília, o Governo Federal, e os políticos de nosso Estado, fazem com o dinheiro do povo, deságua inevitavelmente no tema do financiamento das campanhas eleitorais.
Leandro avalia que as gigantescas manifestações de junho de 2013 foram um primeiro sinal de que os trabalhadores e os jovens brasileiros não estão dispostos a continuar aceitando as enormes desigualdades sociais entre ricos e pobres e a corrupção incrustada na política brasileira.
“Nossa campanha é diferente. Os outros partidos são financiados por grandes empresas, bancos e empreiteiras, que depois vão cobrar todas as doações milionárias através de políticas que as favoreçam. O PSTU é totalmente financiado pelos seus próprios militantes e simpatizantes. Não aceitamos dinheiro de empresas. Isso nos garante a independência dos patrões e dos governos para defender um programa socialista, que defenda os interesses dos trabalhadores e da juventude”, assegura.
Da assessoria
Fonte: Faxaju
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