O comandante da policia militar, coronel Mauricio Iunes respondeu com dureza ás declarações feitas pelo deputado estadual capitão Samuel Barreto (PSL), de que os PMs estariam trabalhando em regime de escravidão. Iunes diz que “não tenho condições de interagir com mentiras”.
Na manhã desta segunda-feira (09), o coronel Mauricio Iunes explicou que a PM vai continuar trabalhando para manter a ordem nos presídios e que “estão fazendo política e o que nós gostaríamos era que nesses quatro anos tivéssemos um representante. Estão tentando fazer política e a legislação proíbe que se faça política dentro da instituição”, disse o coronel em entrevista ao radialista Jailton Santana, no programa Jornal da Ilha.
Segundo Samuel Barreto, “a escala de serviço feita pelo comandante geral ressuscita a escravidão. Os policiais estão há três dias trabalhando. Alem disso a PM não está oferecendo nem água para os militares”, afirma Samuel.
Ao tomar conhecimento do que disse Samuel, o coronel Mauricio Iunes explicou que “há o pagamento de gratificação para os policiais militares que estão fazendo esse trabalho e todos sabem que nós precisamos cumprir o que determina a legislação. Nossa corporação é composta por homens e mulheres de bem. São policiais abnegados que trabalham para garantir a segurança e o bem estar da população”, afirmou o comandante.
Enquanto concedia entrevista ao radialista, Iunes aproveitou para pedir a gravação do programa para que seja encaminhada ao Ministério Público Eleitoral para que possa ser analisado, segundo ele, se houve propaganda eleitoral antecipada. O radialista confirmou que após as 9 horas, a fita com a gravação estaria à disposição do comando.
Ao ouvir as declarações feitas por Iunes, o deputado Samuel pediu espaço para responder aos comandante, porem ele (Iunes) se negou a falar, afirmando que “eu não tenho condições de interagir com mentiras. Não adiante querer aparecer nesses seis meses que antecedem a eleição”, disse o coronel.
Ainda segundo o coronel Mauricio Iunes, o deputado não tem preparação para comandar e nem tem conhecimento do que precisa ser feito em um comando. “Nós vamos continuar cumprindo o que determina a lei. A legislação diz que temos que manter a ordem publica e isso nós vamos fazer”, garantiu o coronel.
Já Samuel Barreto respondeu no mesmo tom, chegando a agredir o comandante ao dizer que o coronel Mauricio Iunes “entrou na policia pelas coxas”, afirmando que o coronel não teria feito concurso para ingresso na corporação, ao contrario de sua situação. “Eu fui soldado e cabo e fiz concurso e academia. Não entrei pela janela”, acusou Samuel.
De forma irritada, o deputado disse ainda que “enquanto o senhor estava comemorando o São João de sua filha no colégio onde estuda minha filha, eu estava fiscalizando o trabalho dos militares. Enquanto o senhor, com todo direito foi ao colégio os praças não podem fazer o mesmo”, disse Samuel.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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