sexta-feira, 25 de março de 2011

CORREGEDOR DA POLÍCIA CIVIL ABRE INQUÉRITO PARA APURAR INCIDENTE ENVOLVENDO DELEGADO E SUBGERENTE DE LOJA OCORRIDO NO SHOPPING JARDINS.

O corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Frederico Muricy, irá presidir o inquérito policial sobre episódio envolvendo o delegado Leógenes Correia e o gerente de uma loja de eletroeletrônicos em um shopping de Aracaju. O fato chamou a atenção de clientes na noite desta quinta-feira, dia 24, e demandou uma atenção especial da instituição.

Frederico conversou nesta sexta-feira, dia 25, com repórteres de diversos veículos de comunicação e explicou o procedimento adotado para esclarecer o caso. "Assim que tomei conhecimento do caso eu me dirigi à Delegacia Plantonista para acompanhar a oitiva dos envolvidos, que foi feita pelo delegado Washington Okada", informou.

Segundo o corregedor, havia uma contradição de versões do delegado, do gerente e dos demais funcionários do estabelecimento. "O delegado alegou que foi injuriado e deu voz de prisão ao gerente, que resistiu e fez com que fosse, segundo ele, necessário sacar a pistola para conseguir algemar o suposto acusado, já que seguranças da loja teriam tentado impedir o delegado e ele teria se sentido ameaçado", relatou.

No entanto, Muricy explicou que os seguranças e o gerente deram informações diferentes. "Eles disseram que não injuriaram o delegado e que este, sim, estava exaltado, e que agiu com abuso de autoridade", comentou.

Ainda de acordo com o delegado-corregedor Frederico Muricy, a princípio o delegado plantonista Washington Okada interpretou que seria necessário confeccionar um termo circunstanciado com reciprocidade de condutas, mas que diante da gravidade do caso, e por determinação da superintendente da Polícia Civil, delegada Katarina Feitoza, ele avocou para a Corregedoria a apuração e instaurou um procedimento específico. "Como já haveria que se instaurar um procedimento na Corregedoria, eu entedi por bem avocar o procedimento da Delegacia Plantonista para que os depoimentos servissem como peça inicial do inquérito", acrescentou.

O corregedor explicou ainda que o delegado colocou a injúria como o motivo de ele dar voz de prisão ao gerente (e não a discussão a respeito do direito do consumidor, já que eles se desentenderam a respeito de defeitos apresentados por geladeira adquirida na loja) e que não será necessário afastar o delegado de suas funções, por não ver, inicialmente, formas de ele prejudicar a apuração dos fatos (já que o delegado Leógenes Correia atua no interior do estado). "Precisamos identificar se o gerente preticou crime ou não. Se ele não praticou, o delegado teria agido com abuso de autoridade, ente outros aspectos", resumiu.

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