terça-feira, 23 de outubro de 2012

FAXAJU: CHEGA AO FIM PROJETO POLÍTICO QUE DEU MAIS DE 40 MIL VOTOS AO CAPITÃO SAMUEL.

“Isso é como uma renúncia. Mesmo que eu queira, não tem mais como eu voltar atrás. Daqui para frente não ando mais ao lado do capitão Samuel”, afirma sargento Vieira.

O resultado da eleição municipal deste ano, colou um fim no projeto político que elegeu o capitão da policia militar Samuel Barreto (PSL), com mais de 40 mil votos em 2010 (43.370 votos). À época, Samuel Barreto ao lado dos sargentos Jorge Vieira da Cruz, Edgard Menezes, capitão Ildomário e muitos outros, foram às ruas em busca de melhores salários e condições de trabalho para a policia militar e bombeiros militares. A partir daí teve inicio um movimento político que terminou com uma votação expressiva ao capitão que passou então, a ser o representante dos PMs e BMs na Assembléia Legislativa.

O que era para ser o inicio de um grande projeto e que teria continuidade em 2012, com a eleição municipal, termina em um racha, já que segundo Vieira, “a recíproca não foi verdadeira. A recíproca não foi a mesma, quando em 2010 nós militares tínhamos apenas um representante e agora, que ele (Samuel) se elegeu, ele não correspondeu ao que nós esperávamos. Ele não se dedicou apenas a um candidato como nós fizemos na dele. A luta em pról de melhorias para os PMs e BMs continua, só não ao lado dele”, desabafou Vieira em entrevista ao radialista George Magalhães no programa a Hora da Verdade na Megga FM, na manha desta terça-feira (23).

Ao ser questionado pelo radialista sobre o resultado da eleição, Vieira se mostrou tranqüilo, porem em tom de tristeza desabafou: “sem mágoa e sem rancor eu não posso mais caminhar com Samuel. Ele não retribuiu o que fizemos por ele. Por exemplo, o numero 17123, era para ser meu, mas acabou sendo de outra pessoa. Alem disso me colocaram frente a frente com um inimigo histórico. Ou seja, fui humilhado à época, juntamente com meu amigo e irmão Edgard que esteve sempre a meu lado, mas mesmo assim enfrentei e disputei. Agora eu posso dizer, que eu ganhei mais não levei. Afinal foram 3714 votos e então eu fui um vitorioso, pois foram votos da familia militar e muitos outros amigos civis”, desabafou.

Ainda sobre a eleição, o sargento explicou que o projeto do grupo era, a exemplo do Síntese, ter representantes nos dois legislativos (Assembléia e Câmara) e para isso, seria necessário que ele (Vieira) recebesse o mesmo tratamento que foi dado a Samuel em 2010. “Isso não aconteceu. Alem disso, eu não vou dizer que não tive apoio dele. Mas não o que nós esperávamos, não foi o suficiente e ele sabe disso. Por outro lado, a nossa campanha foi muito difícil”, contou Vieira.

Durante a entrevista do militar, diversos ouvintes interagiram, fazendo participações, mas o que chamou a atenção foi a afirmação feita pelo secretario do PPS, o radialista Marcos Aurélio, ao afirmar que Samuel cometeu “ingratidão, vaidade e egoísmo”. Antes das declarações de Marcos Aurélio, o radialista George Magalhães, classificou o parlamentar de “traidor e egoísta”. Já Marcos Aurélio que alem de confirmar o que disse George, foi mais alem e afirmou que em “Malhador Samuel fez a mesma coisa. Lá ele foi derrotado e não conseguiu eleger seu primo. Sabe porque, porque lá ele tentou ajudar a Elaine e a Sarina”, disse Marcos Aurélio. Ainda segundo o radialista, “você colocar o Vieira frente a frente com o suplente de deputado Gilmar Carvalho, não foi coisa certa. Portanto repito o que você disse George. É ingrato, vaidoso e egoísta”, disse o secretario do PPS.

Aproveitando a entrevista, o sargento falou ainda sobre a necessidade da realização do concurso publico para a PM e BM, explicando que o número de militares não é suficiente para que se faça uma segurança de qualidade. Para Vieira, “é necessário que se realize o concurso publico, na de forma compassada, ou seja, que não se faça tudo ao mesmo tempo. É preciso entender que se convocar, por exemplo, quinhentos homens hoje, quando chegar a época da aposentadoria, todos irão para a reserva ao mesmo tempo. Por isso é necessário um planejamento”, explicou o militar.

Vieira também voltou a cobrar a definição da carga horária dos PMs e BMs. Essa definição é uma promessa feita pelo governo, durante as negociações que aconteceram com as associações, porém até o momento nada foi definido.  “A definição da carga horária é uma promessa antiga do governo do estado. Com a definição, o comando terá condições de contar com mais policiais, já que esses PMs e BMs poderão vender as suas folgas. Ou seja, seriam mais policiais nas ruas fazendo segurança para a população. O concurso é necessário e urgente, mas mais urgente ainda é a definição de nossa carga horária”, explicou Vieira.



Fonte:  Faxaju (Munir Darrage)

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