quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ÍNDIOS XOCÓS RELATAM AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EM SERGIPE PROBLEMAS RESOLVIDOS E DIFICULDADES DA ALDEIA.

Representantes dos índios Xocós, dentre eles, o cacique da tribo sergipana, Lucimário Lima, fizeram uma visita ao Ministério Público Federal (MPF). Em reunião com a procuradora da República Lívia Nascimento Tinôco, eles relataram problemas que já foram resolvidos com ajuda do MPF e algumas dificuldades que ainda persistem, mas estão sendo acompanhadas pelo órgão.

Dentre os problemas já solucionados, os representantes da comunidade citaram a regularização do fornecimento de combustível para o barco que transporta os índios que estudam na universidade em Porto da Folha. Outras melhorias apontadas pelos representantes foram a reforma da Igreja de São Pedro, localizada na comunidade e a normalização dos serviços de telefonia pública na aldeia.

Eles também relataram melhorias na estrutura da escola da aldeia e regularização do fornecimento de merenda escolar. Por outro lado, a comunidade cobra a existência de um maior número de professores indígenas lecionando no local. Atualmente, existem duas índias que foram aprovadas em concurso e dão aulas à comunidade. A procuradora Lívia Tinôco informou que o MPF irá buscar uma solução junto à Secretaria de Estado da Educação, a fim de evitar prejuízos à transmissão da cultura indígena às novas gerações.

Um outro problema ainda não solucionado é a falta de tratamento da água que abastece a aldeia. O MPF está trabalhando junto à Fundação Nacional da Saúde (Funasa) para agilizar a implantação de uma unidade de tratamento de água no local. Os índios informaram que a situação piora com as chuvas de verão, que tornam barrentas as águas do rio São Francisco, além da própria contaminação do rio com os esgotos lançados pelos municípios que ficam à montante da aldeia.

Índios e minorias – O MPF é responsável pela defesa dos direitos de comunidades indígenas e outras minorias, como comunidade quilombolas, ribeirinhas e ciganas. A atuação do órgão visa a garantir demarcação, titulação e posse da terra por essas comunidades, bem como o acesso a saúde, educação, preservação cultural e autosustentação.

Fonte: MPF/SE

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