Porto da Folha, Poço Redondo e Canindé do São Francisco foram alguns dos municípios atingidos pela chuva de granizo que devastou casas e deixou famílias desabrigadas
Nesta terça-feira, 12, a equipe do Portal Infonet percorreu cerca de 500 km para mostrar a devastação causada pela chuva de granizo que atingiu o sertão sergipano. A forte chuva que caiu na última segunda-feira, 11, causou prejuízos em pelo menos três municípios sergipanos. De acordo com relatos de famílias que foram atingidas pelo temporal o fenômeno meteorológico assustou a todos e por pouco não fez vítimas em algumas localidades.
Os municípios de Porto da Folha, distante 113 km da capital; Poço Redondo que fica 184 km e Canindé do São Francisco distante 213 km de Aracaju, foram atingidos pelas chuvas que provocou fortes ventos, arrancando árvores, quebrando telhados e derrubando casas.
Durante esta terça-feira, 12, moradores de Porto da Folha tentaram reconstruir parte do que foi levado pela tempestade. Os ventos foram tão fortes que a estrutura de um posto de combustível foi derrubada. Segundo o gerente do posto, Vinicius Montalvão Fros, a chuva começou por volta das 20h30 desta segunda-feira, 11, e provocou estragos em boa parte da cidade.
“A chuva veio com fortes ventos e derrubou tanto a estrutura metálica do posto como parte do almoxarifado e da autopeças. Durante a chuva as pessoas ficaram apavoradas porque não sabiam o que estava acontecendo devido ao barulho e ao estrondo do vento”, relata Vinicius que contabilizava os prejuízos.
“Não sabemos o quanto vamos gastar para reconstruir o posto porque além da estrutura muitos produtos também foram molhados. A chuva também atingiu a parte elétrica e estamos sem energia”, conta o gerente.
O comerciante Hipólito Resende também passou o dia contabilizando os prejuízos causados na loja de eletrodomésticos. “Entrou água na loja toda, parte do telhado desabou e todos os móveis e eletros molharam. Estamos limpando tudo para tentar abrir normalmente amanhã”, planeja o comerciante.
Para a família da dona de casa Flaviana Farias da Silva a tempestade teve um prejuízo maior. Ela e o marido por pouco não foram soterrados no desabamento da residência. “Estávamos na sala quando ouvir um barulho estranho, então chamei meu marido e disse que a casa iria cair. Só deu tempo de ir para a porta quando tudo veio a baixo. Nesse momento o vento estava tão forte que chegou a empurrar a gente para dentro da casa, mas conseguimos sair porque nos agarramos ao poste”, diz transtornada a dona de casa, afirmando que não sabe a onde vai morar.
“Por enquanto estou na casa da minha sogra, mas temos que procurar uma outra casa para alugar. Depois do que passamos só agradeço a Deus pela vida”, agradeceu Flaviana Farias.
Poço Redondo
O município foi atingido principalmente no povoado Areias que fica distante da cidade cerca de 15 Km. O povoado de difícil acesso, de estrada de terra, amanheceu com muitas árvores na pista e casas destelhadas. Para o aposentado Zegino França que mora na localidade há 30 anos, a chuva da madrugada foi à pior tempestade da área.
“Uma chuva como essa nunca vi por aqui, o vento era muito forte e a gente teve que ficar escondido embaixo da cama para tentar não se machucar com as telhas que caiam. Quando amanheceu a estrada estava tomada de árvores que foram arrancadas com a força do vento”, conta o aposentado.
O agricultor Daniel dos Santos confirma que os granizos atingiram a região. “As telhas subiram e só vi quando as pedras de gelo caíram dentro de casa. O susto foi grande, na hora a gente não sabia para onde ir e nem como pedir ajuda”, afirma Daniel.
Canindé do São Francisco
Em Canindé do São Francisco, a chuva atingiu várias casas e deixou mais de 20 famílias desabrigadas. A situação foi pior na região de João Pedro Teixeira, distante 25 km de Canindé, onde mais de 40 famílias foram atingidas.
O agricultor Paulo dos Santos disse que além de perder a casa, os móveis foram totalmente destruídos. “Vamos recomeçar devagar para tentar construir outra casa porque essa infelizmente perdemos”, lamenta.
Na região os moradores também ficaram mais de 19h sem energia elétrica e muitos passaram a manhã lavando o barro que tomou conta das residências. Segundo o diretor do Departamento de Planejamento da Secretaria de Obras, Isaque Cordeiro, a secretaria está fazendo um levantamento para transferir as famílias do local.
“Desde que tomamos conhecimento dessa tragédia, estamos juntamente com as assistentes sociais do município fazendo o levantamento de todas as famílias que perderam as casas. No primeiro momento vamos levar essas famílias para casas alugadas ou para galpões”, esclarece.
Meteorologia
De acordo com o meteorologia Overland Amaral, para os próximos dias, a previsão é de que chova em toda a parte do Estado que vai de Poço Verde a Poço Redondo até o dia 12 deste mês. Depois dessa data, as chuvas dão uma trégua e voltam a cair entre o final de janeiro e o início de fevereiro. No litoral sergipano, as chuvas seguem o mesmo cronograma, entretanto cairão no período noturno. “Ao logo desta estação as chuvas serão freqüentes”, confirmou Overland.
Matéria do Portal Infonet por Kátia Suzana
Nesta terça-feira, 12, a equipe do Portal Infonet percorreu cerca de 500 km para mostrar a devastação causada pela chuva de granizo que atingiu o sertão sergipano. A forte chuva que caiu na última segunda-feira, 11, causou prejuízos em pelo menos três municípios sergipanos. De acordo com relatos de famílias que foram atingidas pelo temporal o fenômeno meteorológico assustou a todos e por pouco não fez vítimas em algumas localidades.
Os municípios de Porto da Folha, distante 113 km da capital; Poço Redondo que fica 184 km e Canindé do São Francisco distante 213 km de Aracaju, foram atingidos pelas chuvas que provocou fortes ventos, arrancando árvores, quebrando telhados e derrubando casas.
Durante esta terça-feira, 12, moradores de Porto da Folha tentaram reconstruir parte do que foi levado pela tempestade. Os ventos foram tão fortes que a estrutura de um posto de combustível foi derrubada. Segundo o gerente do posto, Vinicius Montalvão Fros, a chuva começou por volta das 20h30 desta segunda-feira, 11, e provocou estragos em boa parte da cidade.
“A chuva veio com fortes ventos e derrubou tanto a estrutura metálica do posto como parte do almoxarifado e da autopeças. Durante a chuva as pessoas ficaram apavoradas porque não sabiam o que estava acontecendo devido ao barulho e ao estrondo do vento”, relata Vinicius que contabilizava os prejuízos.
“Não sabemos o quanto vamos gastar para reconstruir o posto porque além da estrutura muitos produtos também foram molhados. A chuva também atingiu a parte elétrica e estamos sem energia”, conta o gerente.
O comerciante Hipólito Resende também passou o dia contabilizando os prejuízos causados na loja de eletrodomésticos. “Entrou água na loja toda, parte do telhado desabou e todos os móveis e eletros molharam. Estamos limpando tudo para tentar abrir normalmente amanhã”, planeja o comerciante.
Para a família da dona de casa Flaviana Farias da Silva a tempestade teve um prejuízo maior. Ela e o marido por pouco não foram soterrados no desabamento da residência. “Estávamos na sala quando ouvir um barulho estranho, então chamei meu marido e disse que a casa iria cair. Só deu tempo de ir para a porta quando tudo veio a baixo. Nesse momento o vento estava tão forte que chegou a empurrar a gente para dentro da casa, mas conseguimos sair porque nos agarramos ao poste”, diz transtornada a dona de casa, afirmando que não sabe a onde vai morar.
“Por enquanto estou na casa da minha sogra, mas temos que procurar uma outra casa para alugar. Depois do que passamos só agradeço a Deus pela vida”, agradeceu Flaviana Farias.
Poço Redondo
O município foi atingido principalmente no povoado Areias que fica distante da cidade cerca de 15 Km. O povoado de difícil acesso, de estrada de terra, amanheceu com muitas árvores na pista e casas destelhadas. Para o aposentado Zegino França que mora na localidade há 30 anos, a chuva da madrugada foi à pior tempestade da área.
“Uma chuva como essa nunca vi por aqui, o vento era muito forte e a gente teve que ficar escondido embaixo da cama para tentar não se machucar com as telhas que caiam. Quando amanheceu a estrada estava tomada de árvores que foram arrancadas com a força do vento”, conta o aposentado.
O agricultor Daniel dos Santos confirma que os granizos atingiram a região. “As telhas subiram e só vi quando as pedras de gelo caíram dentro de casa. O susto foi grande, na hora a gente não sabia para onde ir e nem como pedir ajuda”, afirma Daniel.
Canindé do São Francisco
Em Canindé do São Francisco, a chuva atingiu várias casas e deixou mais de 20 famílias desabrigadas. A situação foi pior na região de João Pedro Teixeira, distante 25 km de Canindé, onde mais de 40 famílias foram atingidas.
O agricultor Paulo dos Santos disse que além de perder a casa, os móveis foram totalmente destruídos. “Vamos recomeçar devagar para tentar construir outra casa porque essa infelizmente perdemos”, lamenta.
Na região os moradores também ficaram mais de 19h sem energia elétrica e muitos passaram a manhã lavando o barro que tomou conta das residências. Segundo o diretor do Departamento de Planejamento da Secretaria de Obras, Isaque Cordeiro, a secretaria está fazendo um levantamento para transferir as famílias do local.
“Desde que tomamos conhecimento dessa tragédia, estamos juntamente com as assistentes sociais do município fazendo o levantamento de todas as famílias que perderam as casas. No primeiro momento vamos levar essas famílias para casas alugadas ou para galpões”, esclarece.
Meteorologia
De acordo com o meteorologia Overland Amaral, para os próximos dias, a previsão é de que chova em toda a parte do Estado que vai de Poço Verde a Poço Redondo até o dia 12 deste mês. Depois dessa data, as chuvas dão uma trégua e voltam a cair entre o final de janeiro e o início de fevereiro. No litoral sergipano, as chuvas seguem o mesmo cronograma, entretanto cairão no período noturno. “Ao logo desta estação as chuvas serão freqüentes”, confirmou Overland.
Matéria do Portal Infonet por Kátia Suzana
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