O deputado estadual e líder da oposição, Venâncio Fonseca, disse hoje que lamentava as críticas que vem recebendo após a mudança na Assembleia Legislativa. Falando em nome da bancada sobre as agressões, disse que membros do governo, após a derrota do Proinveste, passaram a atacá-lo. “Vivemos num regime democrático, num estado de direito onde devemos respeitar a oposição e a decisão de cada um. Aqueles que fazem parte do governo, após o resultado, precisam respeitar a decisão dos seus colegas, e isso seja governo ou oposição. Tem que respeitar o resultado e tentar resolver as coisas no diálogo e na conversa. Jamais através da agressividade e da pancadaria”.
“Isso vem acontecendo desde o primeiro momento que esta Casa tomou uma decisão e reelegeu a presidente da Casa com uma nova Mesa Diretora. Éramos minoria e o governo sempre aprovava seus projetos. Depois da eleição da Mesa o governo perdeu o rumo. Marcelo Déda, ex-líder da oposição, foi opositor duro a Valadares aqui nesta Casa, hoje o seu governo não está sabendo respeitar a autonomia e a posição dos parlamentares na Assembleia”, lamentou o deputado.
Venâncio disse que o governo acha que a Assembleia deveria ser uma sucursal do governo do Estado, mas lembrou que se trata de Poder independente e os deputados tomam a posição que achar conveniente. “Mas sempre depois de algumas votações logo vem as agressividades. Na época chamaram os que deram sustentação ao governo de 'traíras', a presidente da Casa e vários parlamentares. Acharam pouco e foram a cidade de Japoatã, a terra da Presidente, e agrediram a deputada”.
O líder da oposição declarou que na eleição para o Tribunal de Conta do Estado a deputada Susana Azevedo venceu por 13 votos a 9 e Belivaldo - derrotado - recorreu e a decisão está sub-júdice. “Com todo o respeito que temos ao Judiciário, fizemos a eleição dentro da legalidade, respeitando a Constituição e o Regimento Interno. Vamos respeitar, nós não somos obrigados a concordar. Vamos recorrer a instâncias superiores. Mas nas redes sociais vem as críticas querendo macular a imagem, sugerindo que não elegeram Belivaldo porque não teve dinheiro”.
O deputado disse que a julgar pelo raciocínio de quem critica, quem votou nos candidatos do governo ao TCE também teriam recebido propina. “Quanto receberam os deputados para votar em Flávio Conceição? E para votar em Ulices Andrade, quanto receberam para votar em Clóvis Andrade? Não houve comentários porque eram da base governamental e eram candidatos únicos”, destacou, ao afirmar que não admitia agressões deste tipo.
“A oposição mostrou preocupação com o empréstimo (Proinveste), tinha como garantia o repasse do FPE. Cobramos os projetos e não foram apresentados. O secretário da Fazenda disse que não podíamos nos preocupar, mas o governador disse que vai a Brasília atrás de recursos para garantir o pagamento da segunda parcela do décimo”, comentou, cobrando coerência do governo no assunto.
Venâncio lamentou ainda a postura do vice-governador, Jackson Barreto, que segundo ele deveria ter postura, mas age com baixaria. “Deveria respeitar para ser respeitado, não existe pior coisa que um governante ser desrespeitado e ser desmoralizado, isso é ruim para a família, para o casal porque quando falta o respeito, o casamento acaba. O vice-governador deve respeitar a oposição nesta Casa. Não vamos ter medo de seu linguajar sujo, sua verborreia. Ele está insinuando que os deputados queriam 'doce', neste caso, propina. Quanto foi que o governador pagou a sua bancada? Quanto foi o docinho? Falta de respeito com sua própria bancada. Ninguém jamais faria isso com a bancada do governo, imagine com a oposição. Mas o vice não respeita nem a bancada do governo”.
O deputado criticou o Jornal do Dia por não publicar sua resposta a Jackson Barreto, que o chamou de ‘vassalo dos Amorins’. “Eu disse que ele fazia o papel de ‘rainha da Inglaterra’ ao ocupar o cargo de governador na interinidade. Se o governo vai querer retornar esse projeto para a Assembleia, quero ver o deputado que vai mudar o voto, porque se aprovar ele pegou 'doce'. Nos não somos mulher de malandro para ficar recebendo pancadas e gostar, vamos responder a altura. Se vier para o diálogo, vamos discutir, cada um mostrando sua posição, sem baixarias porque o estilo de política de Jackson não trem mais espaço nos dias de hoje. O que se exige é política decente, de respeito, com aliados e adversários discutindo politicamente”.
Para Venâncio, adversário não é inimigo. “Sou adversário de Marcelo Déda, mas somos amigos pessoais. Ele é duro na esporta, mas não desqualifica. O outro é diferente, é maldoso”, comentou. O deputado Gilmar Carvalho disse que achava que Jackson Barreto foi ‘eletrizado’ na episódio da venda da Energipe pelo então governador Albano Franco. “Recebeu doce”, comentou'. Gilmar disse que imaginava que ele estivesse mudado. O deputado Raimundo Vieira disse que o líder da oposição age com respeito e foi atacado de forma impensada.
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