A oposição concordou em reabrir o diálogo com o Governo do Estado sobre o Proinvest, depois de reunião realizada no final da manhã e início da tarde desta segunda-feira (28) entre o senador Eduardo Amorim (PSC) e depois da bancada oposicionista.
A reunião se deu para que Amorim informasse à bancada do encontro que teve com o governador Marcelo Déda (PT), sexta-feira ((25), por volta do meio-dia, no gabinete da presidente da Assembléia Legislativa, que também participou da conversa ao lado do líder da oposição, Venâncio Fonseca (PP).
Amorim revelou para a bancada oposicionista que o governador vai atender a pleitos dos deputados, como explicação de todo o projeto de empréstimos de R$ 727 milhões, numa abertura ampla e democrática do diálogo.
Disse que o Governo vai revelar quais os projetos estruturantes e que sejam nominais em relação às obras: “queremos que dentro de mais 20 anos as pessoas tenham conhecimento de onde foi aplicado o empréstimo”, disse o senador. Todos os deputados que participaram da reunião concordam na abertura do diálogo “mas isso não quer dizer que vamos aprová-lo”.
Sobre a chega da presidente Dilma Rousseff (PT) em Aracaju, nesta terça-feira (29), Eduardo Amorim disse que, ao lado do deputado federal André Moura (PSC) vai recebê-la no aeroporto e desejar-lhe boas vindas. Adiantou que não ficará para o almoço porque já tem agenda programa no horário.
Entrevista – Antes da reunião com a bancada da oposição, o senador Eduardo Amorim (PSC) participou de entrevista no “Bom Dia Sergipe”, da TV-Sergipe, e falou apenas sobre o Proinvest. Eduardo Amorim reconheceu que o governador Marcelo Déda (PT) acenou para o diálogo e lembrou: “foi a primeira vez que isso foi feito”.
Segundo Eduardo “nunca negamos dialogar com ninguém, então ao invés de impor, ao invés de mandar, é preciso dialogar. Eu mesmo já disse por diversas vezes à presidente Dilma [Rousseff, PT] que diria sim a muitos projetos, mas também diria não quando ela não mandar os recursos necessários para a Saúde e para a Educação”.
Amorim disse que gerir e administrar se faz dialogando. O que não se pode mais uma vez “na nossa história é dar um cheque em branco, para que as gerações vindouras, não venham a pagar por todo esse empréstimo”. O senador lembrou que o Estado nunca esteve tão endividado em seus 192 anos de emancipação política, “como no momento quer nos encontramos”.
Para Eduardo Amorim, o cheque tem que ser nominal: “nominal para aquela obra estruturante, nominal para aquela obra importante e ver realmente o que se precisa tomar para não continuarmos pagando anos a anos empréstimos para obras que não trazem melhorias para ninguém.”
Amorim acha que para não ter problema no futuro, com o veto em Proinvest, precisa ter bom senso, agindo com responsabilidade, agindo com compromisso com o povo de Sergipe. Eduardo Amorim lembrou que “Sergipe tomou nos últimos anos mais de 1 bilhão e 50 milhões de reais. E pergunta: “quantos empregos foram gerados? Quantas obras foram feitas? Quê obras estruturantes realmente trouxeram benefícios para o povo?”.
O senador considerou que o “trânsito está caótico, a Saúde está em estado comatoso (em coma), a Educação não evoluiu, as obras de infraestrutura também a gente não vê. Então o que não se pode é mais uma vez dar-se um cheque em branco. Não se pode mais uma vez é deixar que as gerações vindouras paguem isso por mais 20 anos e, quando chegar mais à frente, perguntar: melhorou em quê? E nós ficamos tão endividados”.
Eduardo lembra que pede apenas que se dialogue, se converse e mostre realmente o que é importante “para que a gente não vire aí exemplos ruins de outros Estados que ainda hoje paga dívidas altas de empréstimos”. O senador lembrou que se trata de dinheiro emprestado: “não é dinheiro que vem de graça, é dinheiro emprestado que inside juros sobre isso”.
Para Eduardo Amorim, o Governo faltou mostrar onde se precisava investir, aonde se tem de investir e que precisa realmente tomar todo esse recursos: “então, pela primeira vez se chama para dialogar e o faz no apagar das luzes. Ninguém está fazendo oposição só por fazer, todos nós queremos o melhor para Sergipe, agora também não podemos dar mais um cheque em branco, para que nos próximos 20 anos os jovens perguntem: o quê estão pagando se não melhorou em nada a nossa vida?”
Fonte: Faxaju
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