A secretária municipal de Saúde, Goretti Reis, considerou proveitosa a reunião que teve na noite da quinta-feira, 10, com a titular da pasta estadual da Saúde, Joélia Silva Santos, para discutir os débitos existentes entre as duas secretarias, embora não tenha acatado a proposta feita pelo Estado em parcelar o débito. As titulares da Saúde terão uma nova reunião, em data a ser definida, quando tentarão chegar a um consenso quanto à forma de quitar a dívida.
“Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde não tem disponibilidade em caixa. Precisamos de soluções viáveis e imediatas por parte da Secretaria de Estado da Saúde, pois o atendimento à população não pode parar”, disse a secretária municipal na abertura da reunião. Neste encontro, o secretário adjunto da SMS, Petrônio Gomes, esteve presente, assim como gestores dos Hospitais Cirurgia e Santa Isabel. Estas duas unidades também têm dinheiro a receber.
Durante a reunião, a secretária Joélia Silva Santos reconheceu os débitos contabilizados até novembro do ano passado. Entre eles, a dívida com o Hospital Cirurgia, Santa Isabel, Farmácia Básica, Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Há, ainda, um complemento da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
O diretor-presidente do Hospital Cirurgia, Gilberto dos Santos, defendeu a necessidade dos gestores chegarem a um acordo para resolverem os problemas financeiros. Gilberto disse que a situação do Cirurgia é crítica e que, em dezembro teve que pedir empréstimo bancário para pagar o 13º salário dos funcionários, enquanto que o Estado e município devem à instituição R$ 27,5 milhões. “Nós sempre trabalhamos com metas e até com folga, mas no último mês não conseguimos. Temos que nos unir. É desmoralizante não pagar aos trabalhadores”, lamentou.
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