terça-feira, 20 de outubro de 2009

PESQUISA DO SERASA REVELA QUE CAIU A CAPACIDADE DO CONSUMIDOR DE TOMAR EMPRÉSTIMOS.

Os consumidores brasileiros estão mais endividados e com menos capacidade de honrar os compromissos financeiros assumidos. É o que mostra a pesquisa da empresa de consultoria financeira do setor privado Serasa Experian, realizada com 450 mil tomadores de crédito no país. Segundo o levantamento, o risco de inadimplência cresceu em todas as faixas de renda, mas a condição é pior entre os ganham até R$ 500 .

Numa escala de zero a 100, a pesquisa Qualidade de Crédito do Consumidor indica que no período de julho a setembro a medição alcançou 78,2, marca 0,8% inferior à do segundo trimestre e a menor da série iniciada no primeiro trimestre de 2007.

De acordo com a análise técnico da empresa, foi constatado que de janeiro a agosto deste ano, enquanto o saldo dos empréstimos bancários cresceu 25,1% , a massa de rendimentos aumentou em percentual bem abaixo disso (13,7%). Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Serasa informou que a taxa média de desemprego atingiu 8,6%, nesse mesmo período, ficando ligeiramente superior à dos oito meses do ano passado.

A empresa destaca porém que a recente recuperação do mercado de trabalho deve ajudar a recompor o orçamento das famílias, principalmente, as de baixa renda. Ainda assim, prevê tendência de queda na concessão de crédito às pessoas físicas.

a pesquisa mostra que, no terceiro trimestre comparado ao segundo, a Região Centro-Oeste foi a que teve baixa mais significativa (-1,6%), passando de 76,8 para 75,6. Isso é reflexo do menor dinamismo do setor do agronegócio, justifica o analista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ele lembrou que a economia mundial ainda se recente dos efeitos da crise econômica financeira.

Segundo Rabi, o ideal seria uma expansão do crédito para novos tomadores. “Mas o que a gente constata é que o crescimento tem ocorrido mais sobre a mesma base de pessoas”. Ele defende que a introdução do Cadastro Positivo pode ajudar na movimentação saudável do crédito.

Fonte: Agência Brasil (Marli Moreira)

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