O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na tarde dessa segunda-feira (10), para questionar o não envio, por parte do governo do Estado, da proposta de reajuste salarial dos servidores públicos. O parlamentar lembrou que estamos na metade de Junho, quase no segundo semestre do ano, e a equipe econômica do governo não apresenta uma posição para os trabalhadores. Venâncio disse que o Executivo está sob o comando de Jackson Barreto (PMDB) e que ele tem a grande chance de priorizar o funcionalismo público.
Ao iniciar seu discurso, Venâncio destacou o pronunciamento feito no Pequeno Expediente, pelo também deputado Zeca da Silva (PSC), cobrando uma posição do governo para os servidores da Educação. O deputado disse que a categoria jamais imaginaria que iria sofrer tanto em um governo do Partido dos Trabalhadores. “Cobraram tanto dos governos passados. E quando chegam ao Poder fazem isso? A data base é em janeiro e já estamos na metade de Junho. E nada? Sem definição?”, questionou o líder da oposição.
Venâncio foi ainda mais longe e disse que o funcionalismo público, de uma forma geral, está anunciando suas paralisações. “É o Detran, os professores, grande parte dos agentes administrativos ligados ao Sintrase e muitos outros. Todo mundo esperando até agora uma posição deste governo e nada! Se não tem condições de anunciar um reajuste até agora é a prova que esse é um governo sem planejamento, desorganizado e sem projeto. Tem que dizer se pode conceder algo ou se não vai conceder nada. Agora dizer que ainda não tem os estudos completos neste período é assinar um atestado que não pode administrar nada”.
O deputado seguiu criticando o governo do Estado relatando que Sergipe atravessa uma realidade de caos total, com problemas críticos na Educação, Saúde e Segurança Pública. “Jackson Barreto assumiu o governo e tem desempenhado suas funções. Se tiver que inaugurar algo ou entregar algum benefício, ele está presente, mas que assuma o bônus do cargo e o ônus também. O servidor está passando dificuldades, sofrendo e esperando uma reposta dele. JB tem a grande chance de priorizar os servidores. Esse governo parece um barco a deriva, sem rumo”.
O parlamentar também contesta a justificativa dos governistas sobre o limite prudencial e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Venâncio voltou a defender cortes para enxergar a máquina administrativa. “Isso começa pelos CCs, pelos apadrinhados políticos. Tem secretaria nesse governo que a imprensa não sabe onde fica e nem o que produz. Tem mais secretarias no governo do menor Estado da Federação que o governo de São Paulo. Essa história de ficar conversando com as categorias, chegando já no segundo semestre, é preocupante. Ficam empurrando o problema para frente e o servidor não aguenta mais”, criticou, lembrando que o Plano de Cargos e Salários da Saúde e o Piso do Magistério foram promessas do governo que não estão sendo cumpridas.
Apartes – Vários deputados apartearam Venâncio Fonseca, como o Pastor Antônio (PSC), Zé Franco (PDT), Capitão Samuel (PSL), Gilson Andrade (PTC), além de Zeca da Silva. “Eu espero que o governo esteja esticando a corda com os servidores, mas depois anuncie alguma coisa. Espero que seja uma estratégia para, ao menos, dar o que pode. Pior vai ser se esticar a corda e não dar nada! Todo mundo já sabe a data base e as reivindicações das categorias. Todo ano é a mesma coisa! JB não é um novato na política, é um homem experiente e que conhece os trâmites. Ele chamou a responsabilidade para ele quando se reuniu com o Sintese e tem pela frente a grande chance de valorizar os servidores”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário