Uma operação da Polícia Civil contra a prostituição infantil e o tráfico de drogas em casas de entretenimento adulto em várias cidades do Estado apreendeu cápsulas de cocaína. No interior de Sergipe, a operação se concentrou no povoado Cruz das Donzelas, em Malhada dos Bois, e em algumas cidades da região. Das cinco casas de prostituição vistoriadas pela polícia, em dois foram encontrados cápsulas de cocaína. A operação foi iniciada na última quarta-feira (19).
Na casa de prostituição identificada como “Bar da Galega”, gerenciada por Maria Benedita Elias Feliciano, vulgo “BIL”, foram encontradas 13 cápsulas de cocaína, das quais se encontravam escondidas em um coelhinho de pelúcia guardado no quarto da proprietária do estabelecimento. No “Bar da Cristina”, gerenciado por Maria Cícera dos Santos, foram encontradas 10 cápsulas de cocaína, estas se encontravam escondidas em um quarto no fundo do bar.
De acordo com o delegado de Propriá, Cledson Ferreira Pinto, a utilização do cão farejador do Denarc foi de grande auxílio na execução da Operação, pois ele apontava os lugares onde provavelmente havia drogas, sendo realizado nesses ambientes uma busca mais minuciosa. Maria Benedita e Maria Cícera foram conduzidas à Delegacia de Polícia de Malhada dos Bois, local onde foi lavrado o Flagrante.
Aracaju
Na capital, o Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV) realizou a operação em locais destinados a encontros sexuais. As abordagens foram realizadas em estabelecimentos localizados no centro de Aracaju, bairros América, Coroa do Meio e Siqueira Campos. De acordo com a delegada Erika Farias, proprietários, profissionais do sexo e gerentes das casas foram encaminhados ao DAGV, onde foram instaurados procedimentos policiais que tramitarão na Delegacia de Proteção à Mulher.
“A Delegacia da Mulher vai apurar o caso em virtude da existência de indícios da prática do tipo penal previsto no artigo 229 do Código Penal Brasileiro, que é manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual”, declarou a delegada. Em Aracaju, a polícia não encontrou drogas, armas e nem adolescentes em situação de risco nos estabelecimentos vistoriados.
A operação em casas de prostituição foi determinada pela Superintendência da Polícia Civil que recebeu algumas denúncias sobre a prática reiterada de exploração sexual infantil, tráfico de drogas, tráfico de armas e de prostituição. “Não toleramos a prostituição infantil e vamos coibir e prevenir tosas estas práticas criminosas em qualquer parte do Estado”, disse a superintendente Katarina Feitoza.
Além do DAGV, também participaram da operação o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Departamento de Defraudações, policiais do gabinete do Secretário Adjunto da Secretaria de Segurança pública, Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc), além de delegacias do Estado.
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