quarta-feira, 14 de julho de 2010

OPERAÇÃO NAVALHA: EX-SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA FEDERAL E ZULEIDO VERAS SÃO PROCESSADOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EM SERGIPE.

Ex-superintendente da Polícia Federal em Sergipe, Rubem Patury, o empresário Zuleido Veras e outras quatro pessoas irão responder a mais uma ação do Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE). Patury é acusado de ter recebido R$ 7 mil de Zuleido Veras para custear a festa de sua posse na PF sergipana e mais outro montante para sua campanha a deputado estadual em 2006, no Tocantins. Todos eles já estão respondendo a ação criminal pelos mesmos atos.

Os procuradores da República Eunice Dantas Carvalho e Silvio Amorim Junior, que assinam a ação, explicam que as práticas ilícitas dos acusados configuram crimes e também atos de improbidade administrativa, por isso, agora são processados civilmente. As duas ações são fruto de desdobramentos das investigações da Operação Navalha.

Em 2005, Zuleido Veras depositou R$ 7 mil na conta da esposa do ex-superintendente, Soraya Patury que também responde à ação civil. O dinheiro seria usado para custear a festa de posse de Patury na Superintendência da PF em Sergipe. Em 2006, o policial federal aposentado recebeu novas vantagens financeiras de Veras, desta vez para custear sua candidatura à deputado estadual pelo Tocantins.

Na ação civil, os procuradores explicam que o ato de improbidade de Patury consistiu em receber vantagem financeira de Zuleido Veras que poderia ser amparado tanto pela ação como pela omissão do então agente público.

Os outros três acusados são Francisco de Assis Borges Catelino, Joel Almeida de Lima e Florêncio Brito Vieira, que trabalhavam para Zuleido Veras e o auxiliaram nas conversas e nos pagamentos a Patury.

Operação Navalha – A Operação Navalha, deflagrada em 2007, prendeu diversos empresários, políticos, agentes públicos, envolvidos em um esquema de desvio de verbas públicas por meio de fraudes a licitações. Em Sergipe, políticos, empresários e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado foram presos, acusados de envolvimento com o esquema. Esses desvios, eram feitos através das obras públicas executadas pela empresa de Zuleido Veras, a Gautama.

O número da ação é 0003355-04.2010.4.05.8500

Fonte: MPF/SE

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