Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 14, a operação Caracará, com objetivo de reprimir a sonegação fiscal nos Estados de Sergipe e da Bahia. A investigação foi iniciada em um trabalho conjunto das Secretarias baianas da Fazenda (Sefaz) e da Segurança Pública (SSP). No decorrer dos trabalhos, foi verificado o envolvimento de dois empresários do setor varejista de Itabaiana, agreste sergipano. Estes seriam ligados a um grupo baseado na região de Alagoinhas (BA), que aliciava servidores públicos e falsificava documentos para evitar o pagamento de impostos na circulação de mercadorias.
Com base nessas informações, vários mandados de busca foram expedidos pela Justiça e cumpridos pelas Polícias Civis dos dois Estados. Dois deles foram direcionados para Itabaiana, onde a operação contou com a presença dos delegados Geovan Franca e Adeilton Pereira, da Polícia Civil da Bahia. Estes, apoiados por dez policiais e três delegados da Regional de Itabaiana, sob a coordenação do delegado regional Fábio Pereira, realizaram as buscas em duas residências nobres localizadas na principal avenida do município.
Nas residências, foram apreendidos diversos documentos, talonários fiscais, memórias de computador e CPU’s. Os policiais apreenderam um cofre na casa do empresário Wesley Santos Oliveira, 34 anos, onde foram achados mais documentos e 27 munições de pistola calibre 9 milímetros. Por conta disso, Wesley foi preso em flagrante pelo crime de posse ilegal de munição de uso restrito.
Os participantes da operação se disseram impressionados com o alto padrão das residências, a quantidade de cheques apreendidos, e até uma citação do Ministério da Fazenda, para que um dos investigados pagasse uma provável multa fixada em R$ 3 milhões. A investigação prossegue com a análise de todos esses documentos, que começou a ser feita logo após as buscas, por auditores fiscais da Sefaz baiana que também vieram a Sergipe.
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