O deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), em seu pronunciamento na Assembleia Legislativa,na manha desta terça (10), fez duros comentários sobre a perseguição política que estão sofrendo alguns policiais militares, como os sargentos Jorge Vieira e Edgard Menezes.
Venâncio disse que nesta segunda-feira (09), mais uma vez, o sargento Vieira, conforme a imprensa divulgou, está sendo perseguido pelo Comando da Polícia Militar. “E com a participação do Governo do Estado. E não queiram dizer que não tem a participação, que tem”, afirmou.
Segundo o parlamentar, a prova maior está no documento que ele já havia lido que saiu da Casa Militar, assinado pelo chefe do Gabinete Militar do Governo [coronel Carlos Augusto], pedindo para o Comando da PM tomar as providências cabíveis, como abrir inquérito, com relação aos protestos feitos pelos policiais. O deputado disse que foram protestos em que simplesmente os militares estavam nas ruas fazendo algumas reivindicações de melhorias para a sua classe.
“Sargento Vieira, que se encontra aqui presente, está sendo punido porque foi à imprensa e disse que a Polícia Militar tem três anos que não distribui fardas”, disse, lembrando que o governo do Estado tem a obrigação de fornecer fardamento para os militares. “Ou quer que a polícia trabalhe nua”, indagou. O deputado disse que tem policiais que estão trabalhando com fardas rasgadas, sem condições de uso, e outros que foram punidos porque foram trabalhar sem farda.
Venâncio Fonseca frisou que é obrigação da PM distribuir farda. “Aí vem um policial militar, reclama e é punido. O policial está sendo punido porque está cobrando melhorias para a sua classe. Isso é um absurdo. Não se concebe. Só no governo do Partido dos Trabalhadores”, disse, acrescentando que ninguém nunca foi tão perseguido na polícia como esses militares.
O deputado disse ainda que a perseguição vem justamente de quem disse que foi perseguido na gestão do ex-governador João Alves. “Sendo que este estava batendo em sindicalista. E hoje está sentado na cadeira da Chefia Militar, perseguindo os colegas”, colocou. Venâncio Fonseca avaliou que a Assembleia, através da Comissão de Segurança, deve fazer um requerimento e convocar o comandante, para dar explicações sobre o que está ocorrendo. “Esta Comissão não pode se calar e pode ter certeza que tem o apoio de seus colegas. É preciso o comando dar explicações ao Poder Legislativo”, afirmou.
O parlamentar lembrou que tem uma policial que está respondendo a um inquérito porque queria ir ao sanitário e no local onde trabalhava não tinha banheiro feminino e ela foi usar o sanitário da sua casa, localizada em frente. “A perseguição é grande e estão aqui os documentos. O governo tem participação, porque é o chefe da Casa Militar solicitando. E junto a isso estão os documentos que mostram o Movimento Tolerância Zero, em que eles pediam melhorias, fardas e melhores condições de trabalho. Isso não acontecia nem no tempo da ditadura”, concluiu.
Fonte: Alese
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