Os trabalhadores dos Correios de Sergipe decidiram pela deflagração da greve em assembleia realizada na noite de ontem, dia 17, na sede do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect/SE). A decisão foi unânime e a greve se inicia a partir de hoje, 19.
Nesse ano, a Campanha Salarial dos Correios em Sergipe vem com o tema “Salvem os Correios”, uma forma de chamar a atenção da população para os problemas enfrentados pelos Correios, como a má gestão e falta de condições de trabalho. Dentre as reivindicações estão também a luta pelo fim da terceirização, da sobrecarga de trabalho, contratação imediata de 30 mil trabalhadores, fim do Sistema de Avaliação de Produtividade (Sap) e o Sistema de Avaliação de Resultados Comerciais (Sarc), e a não-privatização da ECT.
Além disso, a categoria pede a mudança da data-base para dezembro, manutenção do plano de saúde sem terceirização do mesmo, piso salarial de R$2.500 para os carteiros e aumento total de 43,7% referente às perdas que categoria sofreu desde o ano de 1994 (33%), inflação (5%) e aumento real (5%).
Para o representante do Sintect/SE, Orlando Sérgio, é importante a mobilização da categoria neste momento. “Precisamos lutar, porque só quem luta ganha. Espero que a partir de agora, os Correios comecem a analisar nossas propostas”. Ele ainda acrescentou que o problema maior dos Correios de Sergipe está na gestão atual. “A atual administração dos Correios é incapaz de olhar para os nossos problemas e ainda diz para a mídia que os trabalhadores estão satisfeitos. Tem alguém satisfeito aqui?”, indagou Sérgio.
O carteiro Edivânio Gomes também ressaltou a importância da greve para a valorização da categoria. “Essa greve serve também para manter a nossa dignidade. Precisamos nos valorizar e valorizar o nosso trabalho”, afirmou.
Outros estados também decidiram hoje pela greve, são eles Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além de cinco regiões São Paulo (Bauru, Campinas, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba). Apenas Bahia, Mato Grosso do Sul, Santos (SP), Santa Maria (RS), Acre, Juiz de Fora (MG), Rio Grande do Norte, e Ribeirão Preto (SP) deixaram para decidir sobre a greve no próximo dia 25. No Pará e em Minas Gerais, os trabalhadores já paralisaram suas atividades desde o último dia 10.
Fonte: CUT/SE (Danielle Menezes)
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