sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ARACAJU É A CAPITAL COM O MENOR ÍNDICE DE FUMANTES.

De acordo com dados pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde (MS), Aracaju é a capital brasileira com o menor índice de fumantes (apenas 8%). O novo título é comemorado pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na semana em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Tabagismo (29 de agosto).

A pesquisa entrevistou 54 mil adultos e revelou ainda que, em todo o Brasil, vem diminuindo o número de usuários de tabaco. Em 1989, 33% da população fumavam, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, realizada pelo IBGE. Atualmente o índice é de 15,5%, número bem inferior ao da Argentina e dos Estados Unidos, onde, respectivamente, 35% e 40% da população são dependentes da nicotina.

Segundo o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, as estatísticas do Ministério da Saúde somadas a outros indicadores reforçam o título de capital nacional da qualidade de vida conquistado pela capital sergipana. "Cerca de 1/3 de todos os casos de câncer está ligado ao fumo, e o fumante passivo tem 30% a mais de chance de ter câncer do que o indivíduo que nunca fumou. Então o baixo índice de tabagismo na cidade contribui para que tenhamos uma população mais saudável, produtiva e feliz", avalia o prefeito.

Conscientização

Para o secretário de Saúde do município, Antônio Samarone, o número atesta os esforços da gestão para que Aracaju seja reconhecida em todo o país como uma cidade cada vez mais saudável. "Esse resultado é fruto de um longo trabalho educativo de conscientização que deu certo. A Prefeitura de Aracaju irá ampliar as ações no sentido de diminuir cada vez mais o número de fumantes na capital até chegarmos ao 0%", disse Samarone.

Ultimamente o Ministério da Saúde tem realizado uma série de ações no sentido de combater o uso do cigarro. Entre elas, a proibição de publicidade do tabaco, o aumento de impostos sobre o produto e a inclusão de advertências mais explícitas sobre os efeitos danosos do fumo nos maços. O MS também defende o projeto de lei que proíbe fumar em ambientes coletivos e acaba com os fumódromos. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em março deste ano, e está agora na Comissão de Assuntos Sociais da Casa em caráter terminativo.

Fumo passivo

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer, cerca de 2,6 mil não-fumantes morrem por ano no Brasil devido a doenças provocadas pelo fumo passivo. Pessoas que não fumam, mas enfrentam essas condições, têm 30% de chances a mais de desenvolver câncer de pulmão, e 24% a mais de sofrer infarto e doenças cardiovasculares.

Os aracajuanos também se destacam nacionalmente por aderir e respeitar as legislações que proíbem em ambientes coletivos públicos e privados o uso de cigarros, cachimbos, charutos e qualquer produto semelhante. Sem ser necessária a aplicação de ações coercitivas, as campanhas de combate ao tabagismo vêm sendo realizadas pela Vigilância Sanitária da PMA (Covisa) através de blitz, fiscalizações e panfletagens.

A coordenadora da Covisa, Ana Angélica Ribeiro, afirma que as ações preventivas e educativas irão continuar a todo vapor. "No período de 27 a 31 de agosto vamos intensificar as ações com fiscalizações e blitz de combate ao fumo, além da distribuição de material educativo", explica a coordenadora.

Vigitel

A pesquisa é realizada anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde. Os dados são coletados e analisados por meio de uma parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP).

Confira a tabela com a proporção de fumantes em cada capital (Fonte: Vigitel 2009)

Aracaju 8,0%
Belém 11,9%
Belo Horizonte 15,4%
Boa Vista 16,0%
Campo Grande 16,0%
Cuiabá 11,2%
Florianópolis 20,2%
Fortaleza 16,0%
Goiânia 14,4%
João Pessoa 11,9%
Macapá 17,8%
Curitiba 19,3%
Maceió 13,1%
Manaus 12,1%
Natal 13,1%
Palmas 13,1%
Porto Alegre 22,5%
Porto Velho 18,4%
Recife 13,2%
Rio Branco 16,0%
Rio de Janeiro 13,5%
Salvador 11,3%
São Luís 11,5%
São Paulo 18,8%
Teresina 15,5%
Vitória 13,9%
Distrito Federal 16,5%

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